Almas Gêmeas

Almas Gêmeas 2019 Crítica Filme HBO Max Pôster

Sinopse: Todd e Rory são almas gêmeas. Os dois têm uma ótima relação e adoram a companhia um do outro. Talvez ele seja gay, mas ela não se importa. Uma história de amor sem a pressão do sexo.
Direção: James Sweeney
Título Original: Straight Up (2019)
Gênero: Comédia | Romance
Duração: 1h 37min
País: EUA

Almas Gêmeas 2019 Crítica Filme HBO Max Pôster

Como os Hipsters Andam Amando Hoje em Dia

Embora as roupas, as cores, os rostos blasés e as tiradas irônicas não tenham mudado tanto, uma leve inclinação a assuntos mais densos passou a figurar por entre os audiovisuais pós-adolescentes (aqueles que atraem pessoas no início de seus 20).

Almas Gêmeas“, disponível na HBO Max, é um pouco de tudo isso e até prende a atenção durante alguns diálogos divertidos, mas se prolonga em uma saída de armário que talvez nem devesse ser o foco do filme – essa aceitação é necessária?

O que há de sólido e seguro é a certeza de que todos nós iremos, em algum momento, encontrar a tal alma gêmea que pode ser romântica ou não. Nesse início de vida adulta esse suporte é essencial e, nem sempre vem dos pais (por mais que eles tentem). Tenho lá meus sentimentos contraditórios em relação à analista de Todd (James Sweeney, que também dirige e escreve o filme) que, por vezes, é bastante caricata – assim como alguns diálogos que escorregam.

O quase romance entre Todd e Rory (Katie Findlay) prova aquilo que já sabemos ao longo de séculos de literatura, teatro, cinema e vida. O amor é múltiplo, complexo e possui diversas formas. E tudo bem. Você não precisa ter uma relação romântica com seu melhor amigo para amá-lo.

E, não dá para deixar de falar, o que incomoda mesmo (TAMBÉM) é a câmera instável nas sequências finais. Fora isso, é um filme de amor que quase acontece ou acontece, depende da maneira como o entendermos. Mas que nos presenteia com sequências constrangedoras e recoloca no armário um rapaz que teria todo suporte de seus amigos. Mas, quem sou eu para julgar? Cada um sai do armário quando se sente à vontade? Vendo sob essa ótica o filme talvez tenha até seja valor.

Veja o Trailer:

 

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Em constante construção e desconstrução Antropóloga, Fotógrafa e Mestre em Filosofia - Estética/Cinema. Doutoranda no Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com coorientação pela Universidad Nacional de San Martin(Buenos Aires). Doutoranda em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Além disso, é Pesquisadora de Cinema e Artes latino-americanas.

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