Sinopse: Em “Tem Alguém na Sua Casa”, Makani e seus amigos da escola tentam impedir alguém por trás de uma máscara de matar os alunos e expor seus maiores segredos.
Direção: Patrick Brice
Título Original: There’s Someone Inside Your House (2021)
Gênero: Horror | Mistério | Thriller
Duração: 1h 36min
País: Canadá | EUA
Por um Terror Impresso em 3D
Terror da nova safra de filmes da Netflix, “Tem Alguém na sua Casa” só conseguiu se manter entre as produções mais vistas da plataforma por alguns dias (talvez algumas horas). Advindo do livro de mesmo nome escrito por Stephanie Perks (com alguns livros publicados no Brasil, inclusive esse) e dirigido por Patrick Brice de “Creep” (2014) e “Creep 2” (2017).
A impressão é de que o cineasta mira em “Pânico” (1996) – o primeiro, clássico da reconfiguração do terror slasher na década de 1990- e acerta em “O Dia do Terror” (2001) (no original, “Valentine”), filme BEM mais ou menos que pegou carona no sucesso do, então astro, David Boreanaz. A inspiração em “Pânico” foi assumida e até mesmo a faca utilizada por nosso assassino em série é similar à do mascarado criado por Wes Craven.
Makani Young (Sydney Park), nossa heroína, foge de um anônimo que persegue os alunos da Osborne High com modelos de sua própria face. Mais do que o temor pela morte, o que os persegue são segredos bem guardados que vão desde discursos fascistas até utilização indevida de poder que acabam em acidentes irreversíveis.
No longa-metragem, inicialmente, nosso vilão parece um justiceiro e a premissa do filme, ainda que altamente questionável, nos prende até certo ponto pela curiosidade. A velha pergunta que promove diversas reviravoltas em “Pânico” (Quem está por trás da máscara?) aqui não se sustenta por muito tempo e, embora tente despistar o espectador com um possível assassino óbvio, é bem possível que um consumidor de terror consiga matar a charada na primeira apresentação das histórias.
Ainda assim, “Tem Alguém na Sua Casa” funciona como diversão para quem procura terror sem grandes tensões e reviravoltas. Guilty pleasure para assistir comendo bala de goma (ou pipoca para quem é de pipoca) e se incomodar com os estereótipos de high school estadunidense em filmes do gênero- ou não. Só isso. Mas, a plataforma de streaming oferece outros títulos mais interessantes para quem quer ir além como “Nos” (2019), “Corrente do Mal” (2015) e “O Hospedeiro” (2006).
Veja o Trailer:
Cliquei aqui e leia críticas de outros filmes da Netflix.
Roberta Mathias
Em constante construção e desconstrução Antropóloga, Fotógrafa e Mestre em Filosofia - Estética/Cinema. Doutoranda no Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com coorientação pela Universidad Nacional de San Martin(Buenos Aires). Doutoranda em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Além disso, é Pesquisadora de Cinema e Artes latino-americanas.