A Mulher Rei

A Mulher Rei Filme 2022 Crítica Apostila de Cinema Poster

Confira a crítica de “A Mulher Rei” que chega aos cinemas.

Sinopse: Nanisca era a comandante do exército do Reino de Daomé, um dos locais mais poderosos da África nos séculos XVII e XIX. Durante o período, o grupo militar era composto apenas por mulheres, entre as guerreiras está a filha de Nanisca, Nawi, juntas elas combateram os colonizadores franceses, tribos rivais e todos aqueles que tentaram escravizar seu povo e destruir suas terras.
Direção: Gina Prince-Bythewood
Título Original: The Woman King (2022)
Gênero: Ação | Drama
Duração: 2h 15min
País: Canadá | EUA

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Lançar a Corda

Chegando na próxima quinta-feira, dia 22 de setembro, aos cinemas (com direito a uma visita da estrela Viola Davis ao Brasil para divulgar o longa-metragem), “A Mulher Rei“, de Gina Prince-Bythewood, entrega boas sequências de ação. Entusiasta do gênero, a diretora conta com a ajuda de uma edição certeira e atuações seguras para envolver o espectador.

Baseado na história do Reino do Daomé, o filme acompanha a iniciação de Nawi, interpretada pela sul-africana Thusi Mbedu, como integrante do grupo de guerreiras Agojie, responsáveis pela defesa do reino. Para além da saga de Nawi, a vida de Nanisca (Viola Davis) é central no desenrolar do enredo que se passa durante o reinado do nono rei de Daomé, Guezo. Se na história real Guezo era a favor do comércio de escravizados com a Europa, a ficção tem como aliada da liberdade a chefe da guarda, Nanisca. Embora traumatizada, a líder mostra-se fiel ao reinado e disposta a convencer Guezo através de atitudes corajosas e rentáveis.

Assim, conforme acompanhamos as mudanças de Nawi percebemos um dos lemas de “A Mulher Rei“: se o indivíduo tem seus valores, é ao pensar coletivamente que aposta em caminhos de vitórias.

Em um primeiro momento o nome de Viola destaca-se dentre os demais, mas o filme convoca tempo para mostrar que é bem mais que isso. A verdade é que sobram opções para todos: os que esperam o novo filme de Davis (vencedora de um Oscar e indicado a outros três, o mais recente por “A Voz Suprema do Blues“), os que desejam uma boa ação e, até mesmo, para os que gostam de discutir questões territoriais e raciais. A versatilidade é o grande trunfo do longa-metragem.

A vida, que não foi nada próspera para Sara Forbes Bonetta, escolhe aqui um sonhar outro. Na sacralidade mesma do ifá ou do sonhar premonitório- como o vivido por Nanisca.

Salvaremos o presente, o futuro. E o passado. “Tempo que simultaneamente curva-se para frente e para trás”, diria Leda Maria Martins.

Veja o Trailer de “A Mulher Rei”:

Em constante construção e desconstrução Antropóloga, Fotógrafa e Mestre em Filosofia - Estética/Cinema. Doutoranda no Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com coorientação pela Universidad Nacional de San Martin(Buenos Aires). Doutoranda em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Além disso, é Pesquisadora de Cinema e Artes latino-americanas.

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