Sinopse: Em “À Segunda Vista”, depois de anos colocando sua carreira em primeiro lugar, uma comediante de stand-up encontra um cara que parece perfeito: inteligente, legal, bem-sucedido … e possivelmente bom demais para ser verdade.
Direção: Kim Gatewood
Título Original: Good on Paper (2021)
Gênero: Comédia | Romance
Duração: 1h 32min
País: EUA
Risadas, Gritos Sem Sentido e o Tio da Sukita
Um dos lançamentos da semana passada do Netflix logo entrou entre os mais vistos do Brasil (e também logo saiu). A tentativa de stand-up mesclada a uma história batida e com interpretações caricatas não se sustenta.
O melhor que se pode falar sobre o filme é que ele provoca risadas constrangedoras na tentativa de fazer piadas com coisas que, bem, não são piadas: relacionamentos abusivos, manipulação e um tanto daquela raiva que a gente esconde bem escondinha para resolver na sessão de análise.
É claro que estamos falando de um híbrido de stand-up, mais ou menos, bem explorado em sequências na qual a protagonista aparece no palco. Mas falta algo. No fim parecem dois filmes adaptados por correria ou falta de orçamento. A ideia inicial, de acompanhar uma comediante durante sua turnê poderia ser genial, mas as atuações forçam para jogar o jogo que o espectador quer ver.
Vamos lá: um nerd solteirão com todos os alertas de psicopatia que poderiam ser identificados em menos de um segundo. Também não agrada a ideia de que uma mulher de 35 esteja se sentindo velha e fracassada.
E, de longe, esse tipo de comédia costuma ser meu favorito para ver em uma tarde de sábado. Simplesmente não funciona. Faltam piadas, entrosamento e falas marcantes.
Iliza Shlesinger e Margareth Cho conseguem criar bons momentos para trama, mas não a sustentam e não dá para entender se a direção de Kate Gatewood caminharia por aí ou se perdeu entre caretas, risadas e personagens femininas que poderiam ser melhores aproveitas.
Na dúvida, vá ver “Nanette” (2018).
Veja o Trailer de “À Segunda Vista”: