Carvão

Carvão Filme 2022 Crítica Apostila de Cinema Poster

Sinopse: Brasil, 2022. Numa pequena cidade do interior, uma família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas.
Direção: Carolina Markowicz
Título Original: Carvão (2022)
Gênero: Drama
Duração: 1h 47min
País: Brasil

Carvão Filme 2022 Crítica Apostila de Cinema Imagem

Na Brasa

Carvão” pode se consolidar como um dos melhores filmes nacionais de ficção dos últimos anos. A construção da narrativa insólita com falas provocadoras, engraçadas e deprimentes ao mesmo tempo faz do longa um dos pontos altos do Festival do Rio 2022. O público em geral não precisará esperar muito tempo para o ver no cinema e, seria interessante que comparecesse. A diretora Carolina Markowicz (que coleciona prêmios com seus curtas, aqui em seu primeiro longa-metragem) aposta alto no limite entre tragédia e comédia, mas não erra em momento algum. O gosto tânico que permanece ao final do filme possivelmente continuará a ser sentido nos próximos dias.

Chegando ao festival já com fama de gigante, “Carvão” tem em seu ator mais jovem, Jean de Almeida Costa, um apoio que funciona com todos os outros. Desde o argentino César Bordón, até o experiente Rômulo Braga (presente em produções como “Desterro“, “Sangue Azul” e “Valentina“).

Com várias reviravoltas, a narrativa brinca com nossa vontade de adivinhar o previsível que vem a ocorrer de uma maneira improvável. Talvez o percurso seja o mais interessante na obra (e, não é assim que deveria ser?). A agonia da personagem vivida por Maeve Jinkings transpassa a tela a cada nova tentativa de resolução do problema.

Sem um fio de novelo a seguir, o Minotauro se perde no caminho e acaba no forno (com Golias e Davi). A gente decide quem é qual. Mas, nesse caso, isso é bom.

Veja o Trailer:

Em constante construção e desconstrução Antropóloga, Fotógrafa e Mestre em Filosofia - Estética/Cinema. Doutoranda no Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com coorientação pela Universidad Nacional de San Martin(Buenos Aires). Doutoranda em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Além disso, é Pesquisadora de Cinema e Artes latino-americanas.

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