Instituição_Intuição

Instituição_Intuição

Sinopse: Em “Instituição_Intuição”, a múltipla artista Ana Pi se vale da metalinguagem para criar uma ambientação parecida às das salas de conversas das plataformas que temos utilizado nesses tempos de Quarentena. Um convite ao diálogo e ao movimento, ainda que pequeno.
Direção: Ana Pi
Título Original: Instituição_Intuição (2020)
Gênero: Narrativas Áudio/Visuais
Duração: 6min
País: Brasil

Paris

Explodir ou Implodir

A Mostra IMS Convida contou com a colaboração da performer, pesquisadora e pedagoga mineira, Ana Pi. Conhecida por seus vídeos, performances e por seu documentário “NoirBLUE: les déplacements d’une danse” (2018). Desta vez, em “Instituição_Intuição“, a múltipla artista se vale da metalinguagem para criar uma ambientação parecida às das salas de conversas das plataformas que temos utilizado nesses tempos de Quarentena.

Ana, no entanto, não deixa de fazer uma crítica social ao frisar a dificuldade do confinamento ao céu aberto. O confinamento daqueles que vivem na rua e pertencem à rua, não pela possibilidade de trânsito ou por utilizar esse ambiente como palco, mas pela impossibilidade de ter um espaço privado.

Nesse sentido, é interessante pensar que a nossa privação da rua é a privação constante de um ambiente fechado para muitos. Inclusive, o acesso à cultura e à educação (bens não tão validados pelo Governo como outrora o foram) são lembrados pela artista como uma abertura a outras portas e conexões possíveis. A saúde vista como conceito mais amplo, daquilo que resguarda nossos corpos, mas também nossas mentes e almas.

É difícil responder “qual é o caminho para vida”, mas é possível responder ao convite de Ana Pi para que dialoguemos sem deixar de respirar.

A trilha de outra mulher negra provocativa, Sister Rosetta Tharpe, que desafiou ao sistema com sua guitarra, sua dança e seu corpo; casa com a proposta de Ana Pi em “Instituição_Intuição“. Não dá para ficar somente sentado. Precisamos, ao longo desse tempo, dialogar, respirar e também provocar sensações em outros corpos. Ainda que distantes, sentir a vibração.

Em constante construção e desconstrução Antropóloga, Fotógrafa e Mestre em Filosofia - Estética/Cinema. Doutoranda no Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com coorientação pela Universidad Nacional de San Martin(Buenos Aires). Doutoranda em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Além disso, é Pesquisadora de Cinema e Artes latino-americanas.

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