FestCurtas Fundaj 2020

FestCurtas Fundaj 2020

A seleção de curtas do FestCurtas Fundaj 2020 organizada pela Cinemateca Pernambucana trazem em suas narrativas temas atuais, importantes e polêmicos. Voltando-se à uma discussão política, o Festival assume em sua plataforma filmes sobre gênero, raça e política em seus sentidos mais amplos. Fala tanto da cultura tradicional quanto da transição de gênero. Dessa forma, o Festival consegue abarcar com precisão temas distante em sua origem,mas que convergem em sua problemática central: a aceitação do outro.

Lamentamos somente que um Festival tão rico tenha permanecido somente 6 dias nos ar ( como informa o cartaz que abre esse texto), já que curtas tão bem pensados em sua forma e conteúdo , deveriam ser vistos e revistos. Sabemos que usar a palavra dever pode parecer estranho ao se falar de arte, mas talvez ela seja uma facilitadora ou possibilitadora de vivências outras que particularmente nesse momento se tornam necessárias.

Foi um prazer imenso poder ver e refletir com e a partir dessas obras. Esperamos estar juntos em outros momentos. Deixo aqui meus parabéns para cada diretor e membro da equipe dos curtas, além de ressaltar a curadoria especial que fez desse um dos melhores festivais que pude acompanhar.

Que o cinema nacional continue a nos surpreender sempre com suas narrativas e resistências.

A curadoria do FestCurtas Fundaj 2020 foi de:

Camilo Cavalcante
Roteirista, produtor e diretor, Camilo Cavalcante nasceu no Recife. Com Mestrado em Cinema pela Universidade da Beira Interior (Portugal), é graduado em Jornalismo pela UFPE, tendo participado da oficina de Roteiro Cinematográfico na Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de Los Baños (Cuba). Camilo Cavalcante realizou 14 curtas-metragens em múltiplos suportes e formatos, entre eles Leviatã (1999); O Velho, o Mar e o Lago (2000); Rapsódia para um Homem Comum (2003); Ave Maria ou a Mãe dos Sertanejos (2009) e My Way (2010). Curtas pelos quais recebeu mais de 120 prêmios.
Entre seus trabalhos, ainda produziu e dirigiu duas temporadas da série de Tv OLHAR. Também roteirizou e dirigiu as séries Índios no Brasil (2017) e Anjos Humanos (2018), exibidas pela Rede de TVs Públicas, e Luz do Sertão – Cem anos de Luiz Gonzaga (2013) para a Rede Globo Nordeste. Em 2014, lançou A História da Eternidade, seu primeiro longa-metragem, que recebeu 28 prêmios em festivais no Brasil e no exterior. No momento, Camilo está lançando o documentário BECO (2019) e finalizando seu segundo longa de ficção, King Kong en Asunción.

Amanda Mansur
Amanda Mansur Custódio Nogueira é professora do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE. Possui Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE e Pós-doutorado na University of Reading, no Reino Unido. Ministra disciplinas, oficinas e minicursos sobre teoria e prática do audiovisual, além de atuar na área como produtora, continuísta e curadora.
É coordenadora do Laboratório de Imagem e Som do Agreste (LAISA). É autora do livro O Novo Ciclo de Cinema em Pernambuco (2010). E organizadora, juntamente com o professor Paulo Cunha, do livro A Aventura do Baile Perfumado: 20 Anos Depois (2016), lançado pela Editora CEPE. Atua como Vice-coordenadora do Cinema da UFPE.

Bernardo Lessa
Nascido em Salvador (BA), Bernardo Lessa cursou Cinema e Audiovisual na UFPE, no Recife. No período, trabalhou na equipe de Programação e Curadoria do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, além de participar da organização de 18 festivais e mostras nacionais e internacionais. Produziu curtas-metragens, entre eles Aqueles que se foram (2019) e Frervo (2019), como também séries para o Canal Futura Faça Você Mesmo (2019) e Recortes do Brasil (2020).
Foi um dos 10 jovens talentos das áreas de distribuição e exibição da América do Sul selecionados para treinamento na Industry Academy do Festival de Locarno, realizado em São Paulo, em 2019. No mesmo ano, concluiu sua graduação, laureada, com uma pesquisa sobre mercado e políticas públicas do Cinema Brasileiro. Atualmente, Bernardo Lessa reside em São Paulo, trabalha na Vitrine Filmes como assistente financeiro e de novos projetos, e cursa pós-graduação em Gestão de Produção e Negócios Audiovisuais na FAAP.

Segue a cobertura crítica total dos curtas selecionados para o “FestCurtas Fundaj 2020”, evento que aconteceu online entre os dias 7 e 12 de julho. Abaixo o índice que os leva diretamente ao texto correspondente ao curta-metragem:

A Barca
A Era de Lareokotô
A Hora Morta
A Morte Branca do Feiticeiro Negro
Aqueles Dois
Arte a Metro
Batom Vermelho Sangue
Carretéis
Cidade Natal
Cleo – A Rainha Negra das Passarelas
Corpo Monumento
Ditadura Roxa
Ela que Mora no Andar de Cima
Êles
Em Reforma
Eu Te Vejo Daqui
Hotel Central
Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé
Julieta de Bicicleta
Linha de um Tempo Qualquer
Luis Humberto: O Olhar Possível
Mamãe Tem um Demônio
Mar-celo
Marie
Mãtãnãg, A Encantada
Memórias
Nadir
Nimbus
Num Piscar de Olhos
O Afeto e a Rua
O Homem das Gavetas
O Quarto Negro
O Silêncio lá de Baixo
O Vizinho de Baixo
Piu Piu
Ruído Branco
Ser Feliz no Vão
Seremos Ouvidas
Soccer Boys
Vinde como Estais
1996

Veja aqui a ficha técnica de todos os filmes


FestCurtas Fundaj 2020 | Críticas

A Barca, de Nilton Resende (2019 | AL)3a_barca_-_condutora

Caminho Para o Lado de Lá

Baseado na obra “Natal na Barca” de Lygia Fagundes Telles, o curta traz o caminho tortuoso na trajetória trágica de uma mulher e o encontro com uma já desgostosa passageira que não vê motivos para sua inicial resignação diante dos acontecimentos.

O tom meio sinistro que a obra ganha ao decorrer das ondas acompanha a narrativa insólita da mulher que ,ao ter perdido um filho e ,parecer estar em vias de perder outro, parece extremamente tranquila. A sua narrativa sem qualquer tipo de afetação é recebida com certa indignação pela outra passageira que parece querer berrar. Não sabemos efetivamente seus motivos, mas ela parece bem mais descontente com a vida do que aquele que a traz novidades não tão boas diante de uma noite de Natal.

A surpresa é que milagres, talvez, existam.

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A Era de Lareokotô, de Rita Carelli (2019 | SP)

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Viemos Todos da Pedra

O filme de Rita Carelli poderia ser somente sobre futebol e, essa parece realmente ter sido a ideia inicial da diretora que vai a uma aldeia indígena acompanhar a Copa no meio da tribo. Todos ótimos jogadores, torcem e param as atividades para vibrar pelo lances da Copa de 2018. No entanto, Kularenê, resolve contar a diferença entre os homens brancos e os índios.

Segundo a lenda que nos conta , estávamos todos dentro de uma pedra, até que um pássaro (que representa o homem branco), resolveu sair pelo pequeno furo que encontrou. Ao se deparar com as belezas do mundo voltou deprimido  e sua mudança logo foi percebida.

Com o pássaro, saiu Lareokôto. Os índios, permaneceram dentro da pedra com Wadari.

Enquanto a lenda é narrada de forma entusiasmada por um Kularenê que logo irá participar de um ritual tradicional, a relação com o futebol se desenrola aos nosso olhos.

Há um pouco de ironia no comentário de Kularenê ao dizer que , hoje, eles possuem também muito do que Lareokôto ofertou aos homens brancos.

Será de deveríamos ter permanecido dentro da pedra?

Carelli consegue criar uma dinâmica interessante entre as diferenças radicais que ainda permanecem e as semelhanças que fazem com que a vida de um indígena se torne mais próxima ao do homem branco.

Talvez devêssemos também, ainda que somente um pouquinho, trilhar o caminho contrário.

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A Hora Morta, de Márcio Coutinho (2020 | RJ)

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De que Vive o Centro do Rio?

Ao acompanhar as primeiras semanas de isolamento na cidade e, ao escolher seu eixo central de funcionamento, Márcio Coutinho encontra um Centro irreconhecível.

Ao inserir ruídos desagradáveis simula, talvez, a correria e a certa confusão que nos cerca diariamente em seu funcionamento usual. Sendo um dos principais espaços de trabalhos- formais e informais- , de estudo e de conexão com outras regiões da cidade e do Estado(já que podemos pensar nas barcas e nas linhas de trem como meios de transportes fundamentais), o Centro vazio revela as suas formas.

Sem os corpos ,mas ainda com suas imponentes construções, o Centro parece cambalear entre um passado simbólico de poder da antiga Capital e um futuro ainda incerto – talvez, mais agora que nunca.

Não sabemos o que esperar , mas ao ver na Central, que conecta o Centro a outros espaços menos favorecidos da cidade podemos imaginar a possível vivência de uma história repetida. Como os sons incômodos aos quais nos submete Coutinho.

Espero que não.

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A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (2020 | SC)

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Leia aqui a crítica completa por Roberta Mathias

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Aqueles Dois, de Émerson Maranhão (2018 | CE)

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Escolha o Afeto que lhe Convêm

Não deveríamos ter que fazer essa escolha, não é mesmo? Porém no delicado “Aqueles dois”, Émerson Maranhão nos mostra a rotina de dois homens trans. Além de dividirem o mesmo nome , Caio, os dois dividem as dificuldades e preconceitos  de uma sociedade ainda em transição.

Enquanto Kaio Lemos vive uma vida sentimental plena com a namorada Érika, vê a família não aceitar sua humanidade. As palavras da mãe de Kaio são forte e , apesar de continuar a receber ao filho em casa, se recusa a entender que sua Valônia( antigo nome de Kaio) é um homem.Vindo de família muito religiosa, Kaio ainda sofre pelos questionamentos de que estaria infringindo a lei divina. Não fica nítido se Kaio se afastou da religião por conta desse posicionamento, mas é bem possível que sim. Sabemos que as igrejas que aceitam casais homoafetivos e transexuais já não são novidade. A fé de Kaio , que parecia forte na infância, pode estar adormecida por preconceito.

Enquanto isso, Caio José, enfermeiro,foi acolhido pelos pais com todo carinho e entendimento. Sem questionar, ambos, aparecem no filme ressaltando que seriam incapazes de rejeitar o filho em qualquer um de seus aspectos. Caio José é adotado e se emociona ao falar que sente nesse apoio uma segunda adoção.

Esse Caio é plenamente feliz na carreira, na vida familiar ,mas não consegue ter um relacionamento amoroso desde que fez a transição. Diz que as mulheres não o aceitam pela ausência do pênis. Esses depoimentos só mostram como essa questão está longe de ser resolvida pela sociedade como um todo e como filmes sensíveis como o curta de Émerson podem ser uma primeira abordagem para pensar em efetivamente como vivem as pessoas trans no Brasil.

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Arte a Metro, de Thiago Magalhães (2019 | RJ)

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Três Ritmos no Vagão

O cotidiano de artistas de rua não é fácil. No Brasil ainda existe uma resistência em reconhecê-los enquanto artistas principalmente se o espaço escolhido for o transporte público. A partir da lei que impediu que os artistas se apresentassem em vagões de metrô , ocorreu um fenômeno interessante. A lei perdeu vigência em determinado momento, mas voltou a vigorar em 2019.

Porém, o fenômeno ao qual me refiro é que ,ao mesmo tempo no qual as reclamações em relação à arte de rua aumentou por parte da população que frequenta os vagões, houve também uma reação. Assim, os próprios artistas perceberam que, à depender do público, serão muito bem recebidos.

Thiago Magalhães acompanha três tipos de artistas bem diferentes , o que traz representatividade ao filme. Percebemos ,por exemplo, que o dançarino de hip-hop sofre,além de tudo, com o preconceito racial.

Embora, não trata exatamente sobre isso Magalhães expõe em sua narrativa as múltiplas camadas pelas quais os corpos são julgados.

Ao trabalhar na rua, esses homens se expõe ao julgamento direto. E, deve ser doloroso,mas ainda assim dizem ser uma opção a arte de rua.

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Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima (2020 | PB)

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Que Nos Ajude a Sonhar

R.B. Lima traz a história ficcional  de quatro mulheres que enfrentam dilemas diversos, mas que as colocam em situações de fragilidade. As companheiras de quarto conversam sobre as dificuldade e têm uma na outra apoio para os momentos mais difíceis. A história de Asheley( mulher trans que antes se chamava Lauro), acaba por se destacar, pois além de sofrer com a não aceitação da mãe e  seu decorrente afastamento, aguenta humilhações frequentes e é vítima de violência física e psicológica.

É dele que vêm o título dessa pequena resenha. Em uma das cenas mais tocantes, Asheley canta no videokê do bar no qual trabalha . A música escolhida, Eu mandei meu amor pro Espaço, reflete toda sua solitude.

É possível que seja mais fácil viver no espaço.

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Carretéis, de Eudaldo Monção Jr. (2018 | BA)

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“Naquele Lugar onde Nasce um Monte de Anão”

Carretéis é a cidade que mais traz anões ao mundo. A frase dita por uma das entrevistadas é de curiosidade mesmo. Na cidade, já é costume contar com uma ou mais pessoas com nanismo. Poderíamos explicar por conta dos casamentos entre famílias , o que faria com que o gene seja repassado. Mas é realmente impressionante a quantidade de pessoas na cidade que possuem a mutação genética.

Eudaldo Monção Jr. consegue desenvolver a temática sem cair no escárnio ou deboche. Não deveria mesmo ser possível essa leitura, no entanto, é uma das entrevistas mesmo que diz sofrer muito ao sair da cidade. Quando frequenta bares, shows ou espaços de lazer comenta que sempre procuram tirar fotos em ângulos nos quais ela pareça ainda menor.

Que o nanismo seja raro, isso sabemos. No Brasil são menos de 150 mil  casos,  quantidade que já o caracteriza como tal. No entanto, não podemos nos resguardar desse fato para debochar ou rir de pessoas. Não deveria ser comum.

Mas é.

Monção transita por vaqueiros, time de futebol, responsável por RH mostrando o que todos já sabemos. São histórias de vidas. Como quaisquer outras.

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Cidade Natal, de Ana Luisa Mariquito (2019 | SP)

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Saudade Dói

Ao precisar fazer um filme para o curso de cinema, Ana Luisa Marquito resolve reviver as histórias de infância em ligações para os avós, que deixou em Vitória. Ainda criança, Ana Luisa saiu da cidade com a mãe e o contato antes diário com os avós, foi se perdendo.

As ligações cada vez mais frequentes ,no entanto, fazem com que a jovem queira procurar esse afeto congelado no tempo. Escutar da avó que a ama depois de anos ,faz com que Luisa pegue um avião e parte para o resgate.

Afetos são construidos pelo cotidiano, mas não são apagados pelo tempo. Pelo menos, não aqueles que efetivamente importam.

Assim, instantaneamente, as memórias voltam para seus avós e Luisa produz ,além de um filme sobre laços familiares, um presente.

Esse será mais um registro que ela poderá guardar dentre os tantos que exibe no próprio filme além de nos fazer lembrar o mais importante: o amor permanece.

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Cleo – A Rainha Negra das Passarelas, de Artur Ianckievicz (2019 | PR)

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Edimara Alves- A Rainha Negra das Passarelas

O filme de Artur Ianckievicz é uma homenagem a Edimara Alves, a primeira modelo negra profissional de Londrina. Em adaptação livre de sua história acompanhamos a dificuldade de Cleo para atingir seu sonho de brilhar nas passarelas.

A personagem é muito ajudada pelo crescimento do movimento negro na cidade, mas ainda assim sofre preconceito e precisa passar por vários testes até se consolidar na carreira.

O filme, apesar de ficcional, procura retratar a década de 80, quando Cleo começa a fazer sucesso.

Filha de Oxum, esse não é um ponto muito desenvolvido no roteiro, porém o destino final da personagem aponta que ela resolve passar sua aposentadoria perto de quem sempre esteve com ela.

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Corpo Monumento, de Alexandre Salomão (2020 | PE)

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Recife em 5 Atos

Começando na Estação de Metrô Nossa Senhora do Carmo , Corpo movimento segue para outras áreas de Recife em performances que procuram integrar o corpo ao espaço.

A segunda performance se dá em um prédio abandonado com uma crossdresser que modifica a estrutura e empresta ao prédio decadente um pouco do brilho que outrora já teve. Com a música interpretada por Elizete Cardoso ao fundo podemos imaginar uma outra Recife.

Assim também ,as outras performances se dão em espaços distintos da cidade procurando conduzir o espectador a partir dos artistas. Em uma curiosa adaptação de Ode Marítima de Fernando Pessoa, um boneco apresenta uma versão contemporânea do poema.

Até chegarmos, finalmente, ao último ato dionisíaco. Em uma performance com frutas que se espalham pelos corpos devoradores também podemos imaginar uma releitura de Baco com a música clássica ao fundo, mas a cidade de Recife como plano principal.

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Ditadura Roxa, de Matheus Moura (2020 | MG)

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Leia aqui a crítica completa de Roberta Mathias

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Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins (2020 | PR)

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Doce Coração

Dizem que os doces podem ser afrodisíacos ou, como na famosa expressão, que podemos conquistar alguém pelo estômago. No curta com ares de comédia romântica , podemos acompanhar o enamoramento de Luzia por Carmem.

A segunda, que pretende abrir um empreendimento gastronômico pede a ajuda de Luzia como cobaia. Com os passar dos dias e dos doces (que , nesse caso parecem muito ruins), uma mulher que parecia há tempos acostumada à solidão vê na nova personagem um possível envolvimento amoroso.

Desde o início, no entanto, o filme parece nos dizer que se trata de uma paixão platônica e será trabalhada como tal. Apesar de Carmem, às vezes, incentivar os olhares de Luzia talvez para as duas baste o flerte e alguns doces.

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Êles, de Roberto Burd (2019 | RS)

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Morreu de Morte Matada e Morrida

Elês não procura se explicar muito bem. Apesar de pairar no ar que uma relação estranha entre Dona Ida, funcionária da casa de veraneio dos pais de Gabriel e a família. Nada fica muito bem estabelecido. Essa seja, talvez, a maneira que Roberto Burd encontrou para narrar a história de funcionários que trabalham muito tempo em algumas residências.

Aquela relação nada evidente na qual afetos se misturam e chantagens são constantes. O fato é que Dona Ida aparece morta e por momentos parece recair mesmo para Gabriel a culpa ( o filme dá a entender que pode ter sido mesmo o rapaz que a matou).

No fim, Dona Ida parece ter morrido mesmo de cansaço da vida sem perspectivas e estagnada que vivia em uma espécie de cárcere pela gratidão.

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Em Reforma, de Diana Coelho (2019 | RN)

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Meu Nome é Le… Bianca

“Em Reforma” (2019) começa com uma música de Leona. Vocês podem achar que somos obcecados pela figura, de fato, magnética de Leona Vingativa. No entanto, ao começar com uma música dela, a escolha da diretora Diana Coelho, nos faz pensar que é Leona quem nos persegue.

A música, nesse caso, nos serve apenas para apresentar a personagem principal. Uma professora de história que gosta das aulas de dança nas horas vagas. Bianca vê a rotina alterada com a chegada da filha. Com a esperança de que a filha retorne a morar em sua casa, Bianca começa as obras para acomodá-la melhor.

Em reforma, além da casa, estão também Bianca e a filha. A não aceitação da mãe em ver a filha, Camila, alçar voo solo pela vida, deixa também esta em situação incômoda. Como explicar para mãe que “um antigo projeto” é só uma antigo projeto? As expectativas de Bianca também decorrem de sua eminente aposentadoria.

A verdade é que a própria professora já não está mais acostumada ao cotidiano com a filha. Mas é difícil mudar ou aceitar a mudança. A reforma, que não fica pronta, parece um sinal, mas Bianca prefere ignorá-lo.

Algumas obras são internas e algumas decisões estruturais. Para continuar, elas precisam mudar de significado.Depois de um tempo já não há mais como sonhar o passado. (Texto originalmente escrito na cobertura da Sessão 01 da Mostra Competitiva do 15º Festival Taguatinga de Cinema)

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Eu Te Vejo Daqui, de Kawanna Sofia de Oliveira (2020 | SP)

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Ode ao Pequeno

A partir do isolamento, um escritor vê nas imagens próximas uma inspiração para seguir criando, ainda que tenho o espaço como limitante.

Ao se utilizar da limitação, consegue ver a beleza das pequenas formas e ruídos.

Assim como grande parte daqueles que conseguem não enlouquecer no confinamento (e, não falo aqui somente da situação imposta atualmente).

Para manter qualquer tipo de sanidade é preciso enxergar o belo da existência e essa circunstância se faz mais inerente quando somos obrigados pelo tempo e pelo espaço a enfrentar nossos próprios limites.

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FestCurtas Fundaj 2020 | Críticas

Hotel Central, de Tiago Martins Rêgo (2019 | PE)

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A Memória Urbana na Arquitetura

Por vezes nos esquecemos da memória que os prédios registram. A temporal efetivamente, fica marcada em sua estrutura, mas há também memórias individuais, de fatos históricos, personalidades. É com essa premissa que Tiago Martins Rêgo resgata a história do Hotel Central.

Primeiro arranha-céu do Recife, criado em 1928, o hotel foi espaço para a era dourada da cidade. Recebendo Luz del Fuego, Grande Otelo e até Orson Welles, consolidou-se como espaço da elite pernambucana.

No entanto, com a desvalorização e esvaziamento do Centro, o hotel se viu esquecido. No curta, Tiago procura escutar de quem trabalhou durante anos no espaço e também das pessoas contratadas para preservá-lo os motivos que o fazem ser um dos principais prédios de Recife.

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FestCurtas Fundaj 2020 | Críticas

Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra (2019 | RJ)

Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé

Leia aqui a crítica completa por Roberta Mathias

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Julieta de Bicicleta, de Juliana Sanson (2018 | PR)

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Há que se Enfrentar o que Está Posto

Sem saber exatamente os motivos percebemos que Julieta, uma jovem senhora, encontra-se extremamente abalada em um pedalar estranho pela noite na bicicleta de seu filho. Ao ser abordada por um rapaz, o amigo de seu filho Marcos, “Cabeça”, intervém e leva Julieta até um local seguro.

É curioso ver como “Cabeça” faz Julieta enfrentar questões que ela mesma talvez preferisse manter quietas como a própria relação com o filho. Ao mesmo tempo, o menino parece ser a primeira pessoa a efetivamente escutá-la durante um bom período de tempo.

Assim, estabelece com Julieta uma inusitada amizade.

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FestCurtas Fundaj 2020 | Críticas

Linha de um Tempo Qualquer, de Luciana Malavasi e Bruno Lamberg (2020 | RJ)

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Medo do que Pode Vir (ou não Pode Vir)

Ao narrar, ao longo dos anos em isolamento, a interação entre dois amigos, o curta “Linha de um tempo Qualquer” de Luciana Malavasi e Bruno Lamberg , que interpretam a si mesmos angustia pela possibilidade de confinamento contínuo (ainda que seja em tom irônico).

De qualquer forma, é interessante observar como as ânimos se alternam e ,com o tempo, ambos parecem desistir de voltar ao cotidiano anterior e estabelecem uma relação doentia com o “novo normal”.

Embora ainda não possamos saber as consequências efetivas da COVID, sabemos que o isolamento já impactou psicologicamente várias pessoas, assim o curta,mesmo com tom de comédia, pode servir como alerta para que não permaneçamos por muito tempo em nenhum de nossos extremos.

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Luis Humberto: O Olhar Possível, de Mariana Costa e Rafael Lobo (2019 | DF)

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A Fotografia (Ainda) Vale a Pena

Talvez, esse texto precise começar do final quando Luiz Humberto diz que “quando se perde a paixão, adeus”. Essa frase deveria ser adotada com mais constância. Perdemos tanto tempo com o que já não mais nos seduz. É evidente que o medo é paralisante, como o próprio fotógrafo coloca em outro momento, no entanto, é preciso seguir.

Seguir não significa viver sem paixão, mas, ao contrário, buscar por ela em outros espaços ou outros meios.

A paixão pela fotografia acompanha Humberto em diversas fases de sua vida após o afastamento da Arquitetura. Ao mostrar, de maneira risonha e descontraída, tomando café com a camisa do Fluminense , suas antigas fotos, parece nos deixar lições em cada uma delas.

Qualquer fotógrafo ou qualquer pessoa que já teve uma relação mais próxima com a fotografia irá entender as mensagens de Humberto. É preciso ampliar o olhar, não escolher pautas, deixar a vida atravessar como flecha nosso olhar.

Talvez essa paixão só seja possível permanecer tanto tempo acessa porque se adapta às fases de vida de Humberto.

Talvez todas as paixões precisem de uma certa adaptação para permanecerem por muito tempo em nossas vidas. A pergunta central, que já revelei no início é: Ainda as queremos?

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Mamãe Tem um Demônio, de Demerson Souza (2019 | SP)

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Mamãe tem um Demônio” é a primeira das duas obras que insere o elemento musical (ainda de leve, como transição narrativa) aos insólitos ficcionais que compõe essa mostra do festival. Demerson Souza nos transporta para os anos 1990, onde Beni é uma menina admira pela TV Tete Barilove, uma cantora que se apresenta sempre seminua, elemento objetificante que tanto fez sucesso por aqui à época. A referência à cantora Gretchen seria confirmada com um elemento da direção de arte mais adiante. O mote da trama, porém, é ainda mais interessante.

Quase em comoriência a menina vê seu ídolo e a própria mãe morrerem quase que de maneira simultânea. A dupla perda das referências femininas geraram um trauma que terá como consequência a má relação com a filha no futuro.

Porém, um livro de magia negra permitirá, trinta anos depois, que a Tete seja conjurada por Beni em sua residência. A materialização de um espírito vingativo de quem, aparentemente, conseguiu se desconstruir mesmo após a morte – superando boa parte dos membros de uma sociedade conservadora, retrógrada e machista. (Texto originalmente escrito por Jorge Cruz na cobertura da Sessão da Mostra No Meio da Noite do 2º Festival de Cinema do Meio do Mundo – Edição Garanhuns)

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Mar-celo, de Arthur Lotto (2019 | SP)

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Refrações e Reflexões

Arthur Silva Lotto Rodrigues aproxima seu olhar para vida de Marcelo. Após perder a mãe ainda criança, o jovem encontra no surf refúgio para as mágoas e culpas que deixa escapar pelas palavras dominadas.

Marcelo parece ter aprendido, de maneira difícil, a conviver com uma certa culpa pela morte da mãe. A reação não muito receptiva sobre a descoberta de sua adoção parece fazer o homem acreditar que tenha um pouco de responsabilidade pelo adoecimento da mãe, ainda que isso não seja dito de forma clara.

Marcelo, então, se refugia por entre as ondas. O mar se faz local ideal para suas reflexões.

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Marie, de Leo Tabosa (2019 | PE)

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Afeto que Retorna

Marie é uma mulher trans (Wallie Ruy) que retorna ao interior para enterrar o pai. Sua relação conflituosa com o mesmo logo vem à tona a partir da figura dos antigos vizinhos. No entanto, a relação que acaba sendo o eixo central do filme é a de Marie e seu melhor amigo de infância, Estevão (Rômulo Braga).

Este, sugere ajudá-la levando-a até Crato, cidade na qual o pai pediu para ser enterrado ao lado da mãe de Marie. Esta, talvez, tenha sido a maneira que Estevão encontrou para se reaproximar da antiga amiga.

Ainda que os conflitos apareçam, principalmente em decorrência da orientação sexual de Marie e de sua identificação de gênero e um possível crush ainda vigente em um Estevão que se retrai , o filme acerta ao focar na amizade. Leo Tabosa consegue criar uma sintonia fina entre as personagens fazendo com que ,qualquer que seja a maneira escolhida- como amigos ou amantes- ,fiquemos felizes com o amadurecimento de ambos.

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Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (2020 | MG)

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Histórias Encantadas Sobre os Dois Mundos

Mãtãnãg, A Encantada” é uma das poucas animações do Festival (que conta somente com mais duas) e direção dividida entre Shawara Maxakali e Charles Bicalho a história da índia que decide seguir o marido morto até o outro plano é contada a partir dos relatos do Pajé Maxakali.

Em Mãtãnãg fica evidente a relação distinta que estabelecemos com a morte. Na animação ( assim como nas lendas contadas pelo Pajé) , a morte é apenas outro plano no qual as coisas se dão de maneira distinta deste, mas ainda assim podemos notar semelhanças, quase uma “Caverna de Platão”.

Essa comunicação possível com a “aldeia dos espíritos” é completamente distinta da maneira como nós, ocidentais da pós-modernidade, compreendemos o corpo e a seu cessar de vida. Trabalhando com o som, que dita o ritmo da animação, imagens desenhadas em uma folha e papel e , posteriormente animadas, Mãtãnãg traz uma das questões centrais para humanidade, como diria Jean Pierre Vernant, a possibilidade de ser lembrado mesmo após a morte.

A possibilidade de encontrar um mundo pós mortem semelhante aos signos e símbolos que elaboramos durante nossa vida nos assombra e conforta. A visão exata da da morte ou, do fim da vida, é a grande questão que jamais poderemos responder até que essa se torne concreta em nossos corpos. Assim, o desenho funciona também como um encantamento tal qual o realizado pela índia para acessar a “aldeia dos espíritos”. Em sua forma, Mãtãnãg nos remete aos primeiros desenhos possíveis ao utilizar-se de suporte fixo(as folhas de caderno,mas poderíamos pensar em paredes de grutas ou o chão de terra) para contar uma lenda que é repassada pela oralidade.

O interdito, no entanto, tem seus limites que podem ser vivenciados, mas não repassados. A índia comete um erro irreversível ao retornar ao mundo dos vivos. Conta tudo o que viu no espelhamento. Assim, Mãtãnãg também é uma história sobre os limites impostos ao sujeito para que esse seja considerado parte integrante de uma comunidade.

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FestCurtas Fundaj 2020 | Críticas

Memórias, de Andre Siqueira (2018 | PR)

memorias

O que Importa, Sempre Permanece

André Siqueira cria uma ficção científica que lembra “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” somente em sua premissa. Nesse mundo, é possível apagar a memória. Os dois filmes, no entanto, só aproximam aí.
A dinâmica adotada por Siqueira é outra e o motivo traumático também.

Após perder seu grande amor, sua filha, Juliana decide que a vida tal qual vivida até então, não vale mais a pena.

Assim, decide se submeter ao apagamento da memória. Mas, o que é forte sempre dá um jeito de retornar em imagens ou sons. Será que podemos escapar de nossos traumas? E, se pudéssemos, será que sobraria algo para se lembrar? Não estão todas as relações recheadas de momentos felizes e tristes?

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FestCurtas Fundaj 2020 | Críticas

Nadir, de Fábio Rogério (2019 | SE)

nadir

Da Mussuca à Sofrência

Dona Nadir, referência quilombola do Sergipe, por vezes parece uma Omara Portuondo brasileira. Mestre do samba de parelha (ou pareia), revela a cultura mais íntima do Brasil. É lindo ver Dona Nadir dançar, cantar, defender sua cultura e, ao mesmo tempo, não parar. É nos bailes dos pequenos bares que se diverte dançando Marília Mendonça com a mesma empolgação da Mussuca. Fábio Rogério consegue fazer uma crítica ao descaso com as comunidades quilombolas e nos apresentar à figura carismática de Dona Nadir que brilha, mesmo quando está em segundo plano.

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FestCurtas Fundaj 2020 | Críticas

Nimbus, de Marcos Buccini (2020 | PE)

nimbus

A Terra e a Água

A reza pela chuva parte de um cangaceiro, cansado do solo seco e dos dias sem vento. No céu porém, a produção da chuva é comandada por corpos com uma visualidade meio retrofutirista, quase steampunk. Isso faz de “Nimbus” uma animação muito peculiar por trazer paralelamente elementos do passado e do futuro ou de um passado com tecnologias do futuro, como a retrofuturismo combina. A esfera do céu é como uma grande máquina que escuta os lamentos da terra árida. Não posso dizer que tenho familiaridade com as animações ou o que vem sendo produzido no país (ou no mundo) nesse sentido, porém essa me pareceu interessante justamente pela mescla exótica.

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Num Piscar de Olhos, de Elder Gomes Barbosa (2020 | RJ)

FestCurtas Fundaj 2020

Fantasmas Argentinos: Os Reais e os Paralelos

Quando diretor Elder Barbosa anuncia seu endereço em Buenos Aires, levo um susto. Peru, 1080. Por duas vezes fui sua vizinha de porta, sem o ser. A narrativa me toma a atenção, então, por uma questão muito particular de identificação com o espaço, mas de Buenos Aires mesmo pouco se vê. No entanto, o apartamento que a ligou é bem emblemático de uma geração argentina que vive assombrada pelos fantasmas financeiros e culturais.

Ainda podemos dizer que Buenos Aires é certamente uma das capitais culturais da Amértica Latina. No entanto, nas décadas de 60 e 70 o foi em outro sentido. Em seu auge econômico, a cidade atraiu marcas, empresários, dinheiro. A situação no momento da realização de “Num Piscar de Olhos” (em pleno 2018) era parecida com a grave crise econômica do início dos anos 2000. Quando deixei o país, no final de 2017 o dólar já atingia níveis alarmantes e muitos amigos já guardavam reais e dólares debaixo do colchão em caso de emergência. Mas ninguém estava preparado para 2018. Essa época, que Elder viveu de perto, acompanhei já no Brasil, tensa.

O apartamento na Rua Peru também é reflexo de José, argentino que acabara de morrer dez dias antes do brasileiro se mudar para o local. Com os objetos de José, o cineasta entra em um experiência de vida/morte (que aliás, parece o fascinar) que pode ser entendida também como uma saudade de épocas melhores. A pinturas de José um tanto quanto místicas, como o próprio diretor reconhece, nos faz tentar entender quem seria esse argentino. Sua frase favorita, revelada por um amigo pessoal, “que tiempos aquellos“, marca um pouco desse saudosismo argentino (sem querer esteriotipar os hermanos).

No entanto, a aura saudosista percorre algumas regiões de Buenos Aires. Principalmente San Telmo (onde fica a Rua Peru) e partes do Centro. Acabar com um tango de Aníbal Triolo e que seja exatamente Sur (sur, paredón y después… sur, una luz de almacén… yanunca me verás como me vieras, recostado en la vidrieray esperándote). Não poderia haver nada mais argentino. A favorita do fantasma José. Ah, a referência ao título vem de uma frase de Emília (de Monteiro Lobato) que diz que a vida é como um piscar de olhos. Mas fiquei perdida na Rua Peru,1080.

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O Afeto e a Rua, de Thiago Köche (2019 | RS)

FestCurtas Fundaj 2020

De Onde Vem o Afeto?

Thiago Köche produz um documentário sobre um fato que muitos de nós já reparamos ao caminhar pelas grandes cidades. A relação entre moradores de ruas e animais, em geral, cachorros. Às vezes, mais de um. O cachorros são fiéis aos donos, como sempre. Acompanhando-os a cada mudança, no frio, no calor, na chuva. Esse afeto talvez seja o único experimentado por muitas pessoas que vivem há anos na rua e, além de um amigo ou outro, possuem com os cães a relação mais próxima. A desigualdade social do país opera até mesmo no grau de afetividade que é ofertado aos corpos. Triste, porém real. É assim que vemos a maioria dos moradores de rua, acompanhados por seus animais de estimação.

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O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (2019 | PE/SP)

o homem das gavetas

Quebra-cabeça Humano

A terceira animação que o festival contempla, “O Homem das Gavetas” pode nos remeter ao chakras hindus. Com  gavetas que funcionam para cada eixo central de seu corpo, o “homem” procura encaixar em cada um o que lhe caiba. Procurando pela completude e plenitude que sabemos que nunca chegará, passa pelas mais diversas experiências tentando preencher o vazio que lhe persegue. Um pouco mesmo com a vida. Na animação de Duda Rodrigues, é junto à natureza que encontramos a melhor possibilidade de quietude.

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O Quarto Negro, de Carlos Kamara (2019 | PE)

o quarto negro

O Quarto Negro” faz parte de um projeto maior de Carlos Kamara, pensado e executado em mais de um curta-metragem e que, sem dúvida, será retomado aqui na Apostila de Cinema em breve. Pensado dentro do festival, sem a perspectiva plural das outras produções, é uma narrativa que traz duas formas pungentes de desenvolvimento de antagonismos: metafórico e mundano. A história de uma senhora que renega todas as cuidadoras que sua filha tenta contratar, fala da perda de autossuficiência, fator que trabalhamos em nossas análises em texto e áudio quando da FestCimm – Festival de Cinema do Meio do Mundo.

Mais do que trazer como objeto central a terceira idade, o que o cineasta quer aqui é discutir a força das memórias. Não somente a que pode vir a faltar e comprometer a qualidade de vida da protagonista, mas sim aquela que se revela uma faceta de vilania, que podemos extrair da Memória como conceito. Roberta Mathias, estudiosa do realizador russo Andrey Tarkovsky, relacionou diretamente o quarto que dá nome à obra com a metáfora trabalhada em suas obras sobre aquilo que mais ansiamos ou o que mais tememos. No caso da personagem de “O Quarto Negro”, é  a vida em si que a provoca. Vida representada pelas festas, com a música tocada de um LP compacto. Nada mais do que a construção de um ideal de passado, a partir das dezenas de fotos que ilustram todas as paredes da sala da casa e que sempre que uma nova cuidadora chega tentará fatalmente usar como referência.

É, sobretudo, a materialização do grande medo dos mais velhos, que costumam desenvolver certas manias de perseguição. O que nos faz pensar no que é real e no que é projetado ou idealizado na obra de Kamara. Nos provocando em nossos próprios anseios e medos, para questionar até que ponto iríamos como pai/mãe e como filho/filha. Uma relação como a trazida por um curta-metragem que, explorando elementos comuns ao terror de apartamento, acaba nos confrontando com nossas incongruências. (Texto por Jorge Cruz)

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O Silêncio lá de Baixo, de Pamella Araújo (2019 | PE)

silencio

Sobre Entender

Em pinturas de nanquim, Pamella Araújo parece trazer os medos que nos assolam ao mesmo tempo em que podem nos conduzir a descobertas. Caminhando ao fundo, ao mais remoto de nós mesmos talvez encontremos sonhos e pesadelos que nos façam seguir adiante. 

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O Vizinho de Baixo, de Flávio Colombini (2019 | SP)

FestCurtas Fundaj 2020

Dançando Sozinha

O Vizinho de Baixo“, de Flávio Colombini, começa com um conflito condominial. Marisa incomoda Renato pelos constantes barulhos de salto. No entanto, o que poderia virar uma briga entre vizinhos, acaba por se o início de um flerte. A troca de inúmeros bilhetes nos leva a crer que uma possível relação amorosa nascerá pelas coincidências entre a vida dos dois. A ansiedade de Marisa, no entanto, pode por a perder aquilo que nem chegou a ter um começo.

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Piu Piu, de Alexandre Figueirôa (2019 | PE)

piupiu

Nos Palcos com Piu Piu

A história de Eupídio Lima, ator, cenógrafo e figurinista,conhecido como Piu Piu é contada a partir de uma entrevista com o próprio biografado. O diretor Alexandre Figueirôa opta por trazer encanações que dão imagem aos relatos do considerado mais antigo transformista da capital de Pernambuco. Com fotos antigas que revelam Piu Piu travestido, ou não, retornamos à época dos teatros de revista e de um Recife glamouroso. Vindo de São José da Laje, em Alagoas, Piu Piu desde cedo se interessou pelas artes. Fugiu duas vezes e não por acaso, alcançou seu objetivo de subir e brilhar nos palcos. Eupídio foi um amante das artes, das músicas e de Recife. As interpretações próprias certamente ficarão na memória de quem teve o prazer de vê-lo em ação. Também como cover de Carmen Miranda se destacou, mas acho que o que trouxe mesmo fama a Piu Piu foi sua personalidade forte e questionadora.

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Ruído Branco, de Gabriel Fonseca (2019 | SP)

Ruído Branco

Duro e Provocador

Ruído Branco” se vale – em sua introdução – de fotografias e imagens de arquivo, incluindo obras clássicas do Cinema Brasileiro como “O Descobrimento do Brasil” (1936) de Humberto Mauro e “Alma no Olho” (1973) de Zózimo Bulbul. Com um texto forte, escrito pelo cineasta Gabriel Fonseca ao lado da realizadora Stephanie Oliveira, o curta-metragem parte do ódio. Não apenas mostrando a força do ódio como discurso entre pessoas, mas o processo de incutir um ódio sobre si. Sobre seu cabelos, seus traços, sobre o que você é – com o orgulho que deve ser inerente a ser.

Com isso, o filme inicia a trajetória onde entrevistados de diversas faixas etárias falam do auto embranquecimento, antes que concluíssem que o praticavam como reflexo da opressão da sociedade. No momento mais tocante, uma das senhoras ouvidas fala de como demorou quase toda a vida para entender sua negritude e se orgulhar dela. A falta de acesso à informação pode provocar essas conscientizações tardias. Só que elas podem tardar, mas nunca falham. Dessa maneira, Gabriel Fonseca amplia o debate sobre o colorismo, que cada vez mais ganha o merecido espaço na sociedade. “Ruído Branco” é quase tão informativo quanto à obra anterior. Todavia, ele precisa de uma carga de provocação. Ele precisa atingir certos pontos.

Só que o curta-metragem atinge esse objetivo com um interessante equilíbrio. Há uma maneira de trazer na parte final, de maneira quase didática, a política de Estado supremacista branca a partir da tese racista de João Batista Lacerda e sua análise sobre o quadro “A Redenção de Cam“. Há um potencial muito forte de uso dessa produção como fomentador de debates, principalmente entre os mais jovens e aqueles com poucas informações sobre o assunto. Isso traz um simbolismo para o término da sessão, que nos instiga a saber mais. Falar mais. E, principalmente, ouvir muito mais. (Texto originalmente escrito por Jorge Cruz na cobertura da Sessão 01 da Mostra Paralela do 15º Festival Taguatinga de Cinema)

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Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (2020 | RJ)

ser feliz no verão

Tá Foda

Começando com as imagens da ativista afro-peruana Victoria Santa Cruz e passando pelos mais diversos ritmos, épocas e danças que tenham alguma origem africana, Lucas Rossi contrapõe imagens de preconceito na cidade do Rio de Janeiro tendo os trens como linhas narrativas que dividem a cidade em muitas. Se, em algum momento, já falamos em cidade partida, hoje entendemos que as complexidades e abismos cariocas se repartem em bem mais pedaços. Evidentemente, deixando os mais desvalorizados para os pretos e pobres. “Ser Feliz no Vão” consegue ser um vídeo-clipe de denúncia. Imagens tão apartadas, mas que juntas contam a história racismo e classismo da cidade que, em plena decadência, ainda recorre aos antiquados padrões de capital “civilizada”. Uma pena que o Rio ainda viva de cartões-postais e não tenha descoberto o que lhe tona mais interessante: a diversidade.   

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Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (2020 | PR)

Seremos Ouvidas

As Vozes não Escutadas

Seremos Ouvidas“, de Larissa Nepomuceno, toca rapidamente na questão laboral. Quando uma das entrevistadas, professora de Literatura na Universidade Federal do Paraná fala do descrédito que surdos tem quando decidem ocupar lugares no mercado de trabalho. Todavia, aqui a busca pela dignidade é ainda mais latente, porque vai como uma lupa no cerno de uma questão que, é quase impossível ao espectador não admitir, passa despercebida na sociedade.

Nepomuceno já havia apresentado uma obra sua, em parceria com Eduardo Sanches, na Mostra Convida. Em “Megg – A Margem que Migra para o Centro” conhecemos outro rosto dentro da mesma UFPR, de uma travesti negra que acabara de se tornar Doutora. Aqui a cineasta amplia o leque e cuida de três entrevistadas. Todas elas feministas e surdas, algumas com casos de violência sexual e outras que auxiliam vítimas. É impressionante como, em pouco mais de dez minutos, o curta-metragem nos faz refletir sobre a dimensão do problema. A falta de acessibilidade para quem não consegue ouvir é grave de modo geral – mesmo com esforços cada vez maiores para a inclusão desse grupo em eventos públicos ou transmissões de televisão. Mas ao tratar da violência doméstica, dos crimes sexuais, a proporção aumenta (e muito).

Sem contar a própria conceituação de feminismo para outras mulheres surdas que ainda carecem dessas informações. As trocas sob esses temas ainda é um processo a ser construído, uma vez que a invisibilidade era tanta que ainda há a demanda de auto reconhecimento. Portanto, uma obra como esta tem o peso de aproximar um debate, fomentar uma discussão que poderia ficar apenas no íntimo de muitas mulheres surdas vítimas de violência.

De forma bem direta as entrevistadas conseguem abarcar uma multiplicidade de questões oriundas dessa falta de acesso. Desde a dificuldade de comunicar de forma urgente com as autoridades policiais quando sofre alguma violência até o machismo de homens surdos, que muitas das vezes esperam encontrar condescendência pelos seus atos. O feminismo, assim como qualquer forma de pensamento e expressão, não é um bloco e sim feito de camadas. Só que essa, em especial, tem muita dificuldade de impor seus anseios, de construir sua dignidade. Larissa Nepomuceno, ao fim da Sessão 02 da Mostra Paralela, consegue materializar o conceito cada vez mais reverberado do “Nenhuma a Menos“, que surge em 2014 como nome de um coletivo que quer dar um basta ao feminicídio e a impunidade a quem os comete – e ganha esse desdobramento tão bem formatado em “Seremos Ouvidas“. (Texto originalmente escrito por Jorge Cruz na cobertura da Sessão 02 da Mostra Pararela do 15º Festival Taguatinga de Cinema)

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Soccer Boys, de Carlos Guilherme Vogel (2018 |RJ)

soccer boys

Realizado com apoio obtido em um edital do canal Futura, “Soccer Boys” é uma das obras mais curiosas do festival. Carlos Guilherme Vogel vai pelo caminho do documentário mais tradicional, com entrevistas e captação de imagens do cotidiano a ser mostrado, para contar a história de um time de futebol amador que nasceu do desejo de alguns homens gays – alguns deles que deixaram de ser profissionais pelo preconceito gritante desse esporte – em ter uma rotina de jogos.

Assim nasceu o Bees Cats Soccer Boys, feito para ressignificar uma atividade que se vale até hoje de um ambiente não apenas agressivo como extremamente intolerante. A demanda por um futebol anti-homofóbico é tão grande que o que parecia ser uma reunião de amigos para jogar despretensiosamente se tornou uma liga com quase quarenta times. Os depoimentos nos fazem refletir sobre, até hoje, existir a necessidade de ter um espaço próprio para atletas homossexuais praticarem seu esporte – e emociona a visão romântica de alguns deles, que entendem que essa organização possui prazo de validade e que daqui a alguns anos o futebol será apenas um – e para todos. Batalhas vêm sendo conquistadas, como a capa que a Sports Illustrated deu à brasileira Valentina Sampaio, a primeira mulher trans a figurar nesse posto na história da publicação. (Texto originalmente escrito por Jorge Cruz na cobertura da Mostra Nacional do 2º Festival de Cinema do Meio do Mundo – Edição Garanhuns)

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FestCurtas Fundaj 2020 | Críticas

Vinde como Estais, de Rafael Ribeiro e Galba Gogóia (2019 | RJ)

Vinde como Estas

Depois de ser selecionado para o Festival Visões Periféricas de 2019, o curta-metragem “Vinde como Estais” de Rafael Ribeiro e Galga Gogóia mostra que a desocupação de espaços não se limita somente a ambientes abertamente hostis a quem não comunga da heteronormatividade. Até mesmo no mundo das artes, como no teatro, a representatividade trans é pouco vista. Pensando nisso, Kit Redstone escreve uma peça que parte de sua experiência tendo como mote a primeira vez em que frequentou um vestiário masculino.

Convidado para participar do Women of the World de 2018, que ocorreu no Boulevard Olímpico no Rio de Janeiro, ele decide encenar uma versão brasileira da peça – mesmo sem falar nada de português. A obra não se limita a falar da inexistência da barreira linguística quando arte feita com amor está em questão. A exibição de corpos trans durante o casting e em exercícios de atuação é um verdadeiro convite a ocupação de espaço.(Texto originalmente escrito por Jorge Cruz na cobertura da Mostra Nacional do 2º Festival de Cinema do Meio do Mundo – Edição Garanhuns)

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1996, de Rodrigo Brandão (2019 | MG)

1996

Ainda Ronda o ET?

O emblemático E.T. de Varginha acaba inusitadamente sendo o protagonista desse curta que mescla saudosismo ao terror” lado B”. A experiência me lembrou um pouco a sessão  “Midnight Movies” do Festival do Rio.  Aqueles filmes aos quais você vai assistir sem saber muito bem o que esperar.
Nesse caso, a narrativa se dá a partir da ida de Bia e Luiza para faculdade. Outro elemento clássico do terror- adolescentes ou jovens adultos.

A partir da viagem que, deveria ser rápida e segura, vários infortúnios as desviam do caminho conhecido e elas vão parar em Varginha. Mais especificamente, nos braços do E.T.

Obviamente, não dá para entender como um curta de terror ,mas essa narrativa meio atabalhoada característica dos clássicos filmes da década de 80 e 90 e que , hoje, consideramos “trash” , me interessam.

Isso, faz do filme do diretor Rodrigo Brandão uma homenagem divertida não somente às lendas urbanas, mas aos filmes “lado B”.

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Ficha Técnica da Sessão

A Barca 2019 | AL | 19 min
Direção: Nilton Resende
Sinopse: Na noite de Natal, duas mulheres dialogam dentro de uma barca que desliza sobre as águas de uma lagoa escura e gelada. Um acontecimento inesperado deixará sua marca no término dessa travessia. Baseado no conto Natal na Barca, de Lygia Fagundes Telles.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Michel Rios
Roteiro: Nilton Resende
Direção de arte: Nina Magalhães
Produção: Nina Magalhães
Empresa Produtora: La Ursa Cinematográfica
Elenco: Ane Oliva, Wanderlândia Melo, Aline Marta, Yan Claudemir e Rogério Dyaz
Sobre o diretor: Nilton Resende é alagoano, de Maceió. É Professor Adjunto de Literatura da Universidade Estadual de Alagoas/Campus Zumbi dos Palmares. Publicou os livros O Orvalho e os Dias (poesia), Diabolô (contos), A construção de Lygia Fagundes Telles: edição crítica de Antes do Baile Verde.

A Era de Lareokotô 2019 | SP | 20 min
Direção: Rita Carelli
Sinopse: Copa do Mundo, roça, ritual. Em meio a um dia intenso – e comum – na aldeia do povo indígena Enawenê-Nawê, no Mato Grosso, Kularenê nos conta como, ao saírem de dentro da mesma pedra, índios e brancos tomaram rumos distintos: os primeiros guiados por Wadari e os outros por Lareokotô.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Wallace Nogueira e Vincent Carelli
Roteiro: Rita Carelli
Direção de arte: Rita Carelli
Produção: Olívia Sabino
Empresa Produtora: Papo Amarelo e Vídeo nas Aldeias
Elenco: Kularenê e comunidade Enawenê-Nawê
Sobre a diretora: Rita Carelli é atriz, escritora, diretora, ilustradora. Tendo ganho diversos prêmios como atriz em festivais de cinema do Brasil, e com vários livros publicados, este é o seu segundo filme como realizadora e roteirista e seu primeiro documentário.

A Hora Morta 2020 | RJ | 9 min
Direção: Márcio Coutinho
Sinopse: A Hora Morta é uma viagem pelo Centro do Rio de Janeiro, através de imagens captadas nas duas primeiras semanas de quarentena do coronavírus, apresentando uma visão bucólica e jamais vista de diversas áreas que normalmente estariam ocupadas por multidões e cheias de tráfego.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Márcio Coutinho
Roteiro: Márcio Coutinho
Produção: Márcio Coutinho e Rachel Silva.
Sobre o diretor: Márcio Coutinho é fotógrafo e videomaker com formação acadêmica em Jornalismo,  além disso tem cursos, estudos e projetos voltados à área do audiovisual. Participou da produção de diversos filmes independentes como diretor e diretor de fotografia.

A Morte Branca do Feiticeiro Negro 2020 | SC | 10 min
Direção: Rodrigo Ribeiro
Sinopse: Memórias do passado escravista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um ensaio poético visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.
Classificação Indicativa: 16 anos
Fotografia: Carlos Adelino e Rodrigo Ribeiro
Roteiro: Rodrigo Ribeiro
Produção: Julia Faraco, Luiz Gustavo Laurindo e Rodrigo Ribeiro
Empresa Produtora: Gata Maior Filmes
Sobre o diretor: Rodrigo Ribeiro é um cineasta negro dedicado a temáticas sociais e raciais. Diretor, roteirista e montador, acredita em uma arte liberta e na formidável revolta dos marginalizados. Mais recentemente realizou Quadro Negro, selecionado para mostra no 47º Festival de Cinema de Gramado.

Aqueles Dois 2018 | CE | 15 min
Direção: Émerson Maranhão
Sinopse: Dois rapazes. Duas histórias que se cruzam. Duas vidas unidas por uma condição que define suas existências. Duas jornadas em busca de amor e de se reconhecer no espelho.
Classificação Indicativa: 12 anos
Fotografia: Breno César
Roteiro: Émerson Maranhão
Produção: Allan Deberton
Empresa Produtora: Deberton Filmes
Elenco: Caio José e Kaio Lemos
Sobre o diretor: Émerson Maranhão é jornalista, diretor e roteirista. Graduado em Comunicação Social (UFAL), tem formação em Realização Audiovisual (Instituto Dragão do Mar/CE) e em Narrativas Transmidiáticas (Baltic Film, Media, Arts and Communication School/Estônia).

Arte a Metro 2019 | RJ | 14 min
Direção: Thiago Magalhães
Sinopse: O filme retrata o dia a dia de músicos independentes que se apresentam no metrô do Rio de Janeiro. Sua filosofia de vida e o modo como encaram a arte transformam os vagões em verdadeiros espaços de resistência da cultura.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Thiago Magalhães
Roteiro: Thiago Magalhães
Produção: Thiago Magalhães
Empresa Produtora: Sequela Filmes
Elenco: Felipe Lemos, Josimar Soares, Adriel da Cruz Araujo
Sobre o diretor: Thiago Magalhaes tem 33 anos, é carioca e diretor de fotografia. Tendo participado de inúmeros projetos como longas, documentários e publicidades em parceria com outros diretores.

Batom Vermelho Sangue 2020 | PB | 20 min
Direção: R.B. Lima
Sinopse: A rotina de quatro mulheres lutando pela sobrevivência e aceitação em uma sociedade cada vez mais hostil e preconceituosa.
Classificação Indicativa: 16 anos
Fotografia: Raphael Aragão
Roteiro: R.B. Lima
Direção de arte: Thalita Sales
Produção: Tais Pascoal
Empresa Produtora: Cabradabra Filmes
Elenco: Murilo Franco, Danny Barbosa, Anita Medeiros, Cely Farias, Eulina Barbosa, Vinícius Guedes e Sanzia Marcia
Sobre a diretor: R.B. Lima é graduado em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal da Paraíba, além de ser servidor desta mesma Instituição.

Carretéis 2018 | BA | 17 min
Direção: Eudaldo Monção Jr.
Sinopse: No Povoado Carretéis, distrito de Itabaianinha, Sergipe, está concentrada a maior população de pessoas com nanismo do mundo.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Eudaldo Monção Jr.
Roteiro: Eudaldo Monção Jr.
Produção: Fernanda Almeida
Empresa Produtora: Memorabilia Filmes
Sobre o diretor: Diretor dos filmes O Muro é o Meio (2014), Louça de Deus (2016) e Cine Rio Branco (2017).

Cidade Natal 2019 | SP | 12 min
Direção: Ana Luisa Mariquito
Sinopse: Uma neta e seus avós conversam pelo telefone constantemente durante algum tempo. As memórias do tempo em que estavam juntos tomam conta das conversas e criam a necessidade tornar o encontro em sua cidade natal algo real.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Ana Luisa Mariquito
Roteiro: Ana Luisa Mariquito
Direção de arte: Ana Luisa Mariquito
Produção: Ana Luisa Mariquito
Empresa Produtora: Vitacine; Academia Internacional de Cinema
Elenco: Lucia Reis, Maria de Lourdes Mariquito, José Mariquito
Sobre a diretora: Ana Luísa Mariquito é uma jovem cineasta, estudante de Cinema e Audiovisual (UFF), com formação técnica em Direção Cinematográfica pela Academia Internacional de Cinema (AIC – RJ).

Cleo – A Rainha Negra das Passarelas 2019 | PR | 20 min
Direção: Artur Ianckievicz
Sinopse: Uma jovem jornalista entrevista mulheres que contam a vida de Cleo, a primeira modelo profissional negra da cidade de Londrina.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Hugo Takeuchi
Roteiro: Artur Ianckievicz
Direção de arte: Felipe Augusto
Produção: Bruno Gehring
Empresa Produtora: Kinoarte e Leste BR
Elenco: Edimara Alves, Thainara Pereira, Tatiana Oliveira, Geisa Costa, Aysha Nascimento
Sobre o diretor: Diretor, roteirista e montador dos curtas Sylvia (2013), Senhora L (2016) e Cleo – A Rainha Negra das Passarelas (2019).

Corpo Monumento 2020 | PE | 15 min
Direção: Alexandre Salomão
Sinopse: Corpo monumento é um experimento coletivo de performances com artes integradas sobre valores de representação, memórias individuais, coletivas e do lugar.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Alexandre Salomão, Ana Olívia Godoy, Zé Diniz
Roteiro: Alexandre Salomão, Aurora Jamelo, Iara Campos, Luiz Manuel, Paulo de Andrade, Pedro Andrade
Direção de arte: Aurora Jamelo
Produção: Luiz Manuel, Paulo de Andrade
Elenco: Aurora Jamelo, Deivyson Wesley, Gabi Cabral, Iara Campos, Luiz Manuel
Sobre o diretor: Mestre em edição e pós-produção formado no Centro de Estudios de Nuevas Tecnologías Audiovisuales (Espanha). Alexandre fez especialização em fotografia avançada e correção de cor na Escuela Internacional de Cine y TV (Cuba) e estudou montagem cinematográfica com o mestre Alberto Ponce.

Ditadura Roxa 2020 | MG | 23 min
Direção: Matheus Moura
Sinopse: Yeda, mulher verde, vende pães e biscoitos caseiros para sustentar a casa onde vive com seu marido doente. Por meio do contexto das pessoas verdes, conhecemos a realidade de quem vive à margem de uma sociedade roxa, que naturalmente segrega as pessoas de rosto verde.
Classificação Indicativa: 12 anos
Fotografia: Gabriel Werneck
Roteiro: Matheus Moura
Direção de arte: Débora Lima
Produção: Charles Mascarenhas
Empresa Produtora: Retrogosto Filmes
Elenco: Meibe Rodrigues, Paulo Trindade, Leon Ramos, Chris Geburah.
Sobre o diretor: Graduado em Cinema e Audiovisual (PUC Minas), Matheus é diretor, roteirista, diretor de fotografia, montador e diretor de arte.

Ela que Mora no Andar de Cima 2020 | PR | 14 min
Direção: Amarildo Martins
Sinopse: Luzia vira cobaia dos doces e quitutes da vizinha confeiteira, Carmen. A amizade evolui para uma paixão platônica, que traz um novo sabor para os dias amargos de Luzia.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Renato Ogata
Roteiro: Alana Rodrigues
Direção de arte: Rô Melink
Produção: Amarildo Martins
Empresa Produtora: Tabebuia Conteúdo Audiovisual
Elenco: Marcélia Cartaxo e Raquel Rizzo
Sobre o diretor: Amarildo Martins é formado em Produção Cênica, com especialização em Cinema. Dirigiu os curta-metragens Quarto 411, Roupa de Sair e Vou tentar te contar como é lá em casa… e a minissérie Um Lugar Para Chamar de CEU.

Êles 2019 | RS | 14 min
Direção: Roberto Burd
Sinopse: Gabriel veraneia em sua casa de praia e seus pais passam a semana trabalhando na cidade. Enquanto Dona Ida entrega sua vida para a família, eles guardam seu passado para o dia de amanhã.
Classificação Indicativa: 12 anos
Fotografia: Pedro Rocha
Roteiro: Roberto Burd
Direção de arte: Nina Perez
Produção: Roberto Burd e Mônica Catalane
Empresa Produtora: Organismo Filmes
Elenco: João Pedro Prates, Teca Pereira, Álvaro Rosacosta, Janaina Pelizzon
Sobre o diretor: Roberto Burd nasceu em Porto Alegre em 1984. Formado em Comunicação Social, atua desde 2009 no mercado audiovisual. Como realizador já escreveu, produziu, dirigiu e editou cinco curtas-metragens e dez videoclipes.

Em Reforma 2019 | RN | 20 min
Direção: Diana Coelho
Sinopse: Ao receber a notícia de que a filha vem passar uns dias em sua companhia, Bianca decide retomar a obra inacabada na laje de sua pequena casa. Os planos, contudo, não saem como o esperado.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Sylara Silvério
Roteiro: Diana Coelho e Rosy Nascimento
Direção de arte: Rosangela Dantas
Produção: André Santos e Babi Baracho
Empresa Produtora: Caboré Audiovisual
Elenco: Rosane Santana, Andreia Souza, Lila Gomes, Múcia Teixeira e Enio Cavalcante
Sobre a diretora: Diana Coelho é realizadora e produtora audiovisual, formada em Comunicação Social, Rádio e TV e Jornalismo pela UFRN, com mestrado em Estudos da Mídia (PPGEM/UFRN), com experiência nas áreas de produção, assistência de direção, realização e coordenação de projetos audiovisuais.

Eu Te Vejo Daqui 2020 | SP | 3 min
Direção: Kawanna Sofia de Oliveira
Sinopse: Um escritor analisa suas sensações caóticas trancado dentro de casa, refletindo a partir de seu novo ponto de vista sobre si mesmo e o outro.
Classificação Indicativa: Livre
Roteiro: Kawanna de Oliveira
Elenco: Gabriel Góes
Trilha Sonora: Gustavo Coutinho
Tradução: Cecília Placeres
Sobre a diretora: Formada em Publicidade (PUC/Campinas) e com extensões em Roteiro para Cinema e TV e Cinema Documentário (Unicamp). Fez parte da equipe de gravação de palestras do programa Café Filosófico, TV Cultura.

Hotel Central 2019 | PE | 18 min
Direção: Tiago Martins Rêgo
Sinopse: O Hotel Central foi inaugurado em 1928, no Recife-PE. O prédio é o primeiro arranha-céu construído em concreto armado, com vários artigos de luxo, incluindo elevador, algo inédito para a época. O edifício hospedou personagens famosos e tem sua história contada por quem o conhece por dentro.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Sidney Lucena
Roteiro: Tiago Martins Rêgo
Produção: Cibele Wagnez e Victor Nunes
Montagem e som: Danillo Campelo
Empresa Produtora: Leia Já
Sobre o diretor: Nascido no Recife em 1982, formado em Jornalismo com especialização em Estudos Cinematográficos. Trabalha com audiovisual há 15 anos. Realizou cinco curtas documentários, além de trabalhar em várias produções audiovisuais da cena Pernambucana.

Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé 2019 | RJ | 14 min
Direção: Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra
Sinopse: O filme apresenta Joãosinho da Goméa como narrador principal de sua história. Com músicas cantadas por ele, performances provocadoras e arquivos diversos que ressaltam o quanto ele é importante para as religiões de matriz africana.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Alexandre Rosa
Roteiro: Rodrigo Dutra e Janaina Oliveira Refem
Produção: Carolina Braga
Empresa Produtora: Dutra Filmes
Elenco: Átila Bezerra
Sobre os diretores: Rodrigo Dutra é técnico audiovisual no IACS/UFF, diretor executivo da Dutra Filmes, mestre em Educação, Comunicação e Cultura em Periferias Urbanas (UERJ). Janaina Oliveira Re.Fem.(Revolta Feminina) é cineasta, publicitária, professora e ativista pelos Direitos Humanos. Diretora da JOR Produçõe, em 2010 teve seu trabalho reconhecido pelo Ministério da Cultura, (Prêmio Cultura Hip Hop – categoria Conhecimento), e em 2012 pelo Conselho Nacional de Psicologia (Prêmio Paulo Freire – por sua atuação pelos Direitos Humanos das mulheres no Brasil).

Julieta de Bicicleta 2018 | PR | 15 min
Direção: Juliana Sanson
Sinopse: Julieta avança noite adentro com a bicicleta de seu filho. Sua viagem é interrompida por uma tentativa de assalto, onde acaba recebendo a ajuda de Cabeça, amigo de seu filho. Esse encontro inusitado revela aspectos de sua vida que tentava ignorar.
Classificação Indicativa: 12 anos
Fotografia: João Castelo Branco
Roteiro: Alana Rodrigues
Direção de arte: Aricia Machado
Produção: Amarildo Martins
Empresa Produtora: GP7 Cinema e Tabebuia Conteúdo Audiovisual
Elenco: Guenia Lemos, Vitor Hugo do Amaral, Alexandre Zampier
Sobre a diretora: Juliana Sanson é roteirista, diretora e produtora de cinema. Dirigiu e roteirizou os curtas de ficção Fabulário Geral de um Delírio Curitibano (2007), Coração Magoado (2012) e Prato do Dia (2014), e o longa metragem Uma Morte Qualquer (2013).

Linha de Um Tempo Qualquer 2020 | RJ | 8 min
Direção: Luciana Malavasi e Bruno Lamberg
Sinopse: Dois amigos se comunicam via skype durante uma pandemia mundial mostrando as mudanças comportamentais de cada um com o passar do tempo.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Luciana Malavasi e Bruno Lamberg
Roteiro: Luciana Malavasi e Bruno Lamberg
Direção de arte: Luciana Malavasi e Bruno Lamberg
Produção: Luciana Malavasi e Bruno Lamberg
Empresa Produtora: Atto Produções
Sobre os diretores: Luciana Malavasi é formada em Artes Cênicas (CAL), seus mais recentes trabalhos foram na novela A Dona do Pedaço, 2019, e no espetáculo Alethea Dreams, de Rafael Souza-Ribeiro, 2018/2019. Bruno Lamberg ganhou prêmios no 1º Festival de Cena Curta em Casa, já produziu e participou de sete peças, duas series, um longa e alguns curtas.

Luis Humberto: O Olhar Possível 2020 | DF | 19 min
Direção: Mariana Costa e Rafael Lobo
Sinopse: Um olhar poético e íntimo sobre a vida e o trabalho do fotógrafo Luis Humberto.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Emilia Silberstein, Petronio Neto e Lucas Gesser
Roteiro: Mariana Costa, Rafael Lobo
Produção: Alisson Machado
Empresa Produtora: Machado Filmes
Elenco: Luis Humberto Márcia Noronha Clara Noronha Rodrigo Noronha
Sobre o diretor: Mariana Costa é formada em Jornalismo (UnB), fotografou a cena musical dentro e fora do DF e realizou diversos projetos, sempre com um olhar muito sensível. Rafael Lobo é mestre em Comunicação Social (UnB) e estreou como roteirista e diretor de cinema com o premiado curta-metragem Confinado (2010), também dirigiu os curtas Palhaços tristes (2013) e Bartleby (2016).

Mamãe Tem um Demônio 2019 | SP | 24 min
Direção: Demerson Souza
Sinopse: Tete Barilove está morta, mas seu corpo desapareceu. Beni, uma grande fã, descobre pistas que podem trazer a verdade sobre a cantora brasileira mais famosa dos anos noventa.
Classificação Indicativa: 14 anos
Fotografia: Gabriel Fonseca
Roteiro: Demerson Souza
Direção de arte: Ana Bettoni
Produção: Rafaela Carvalho
Empresa Produtora: Demerson Souza Filmes
Elenco: Soraia Costa, Hevelin Gonçalves
Sobre o diretor: Demerson Souza mora em São Paulo, é formado em Cinema e Audiovisual (Anhembi Morumbi) e trabalha como roteirista há quatro anos. Em 2019, escreveu, co-produziu e dirigiu seu primeiro piloto de série, Mamãe Tem um Demônio, que foi selecionado para o JIFFA AWARDS de 2020, na categoria curta-metragem.

Mar-celo 2019 | SP | 12 min
Direção: Arthur Lotto
Sinopse: O documentário conta a história do Marcelo que descobriu ainda criança, que era adotado. Por conta de sua reação e dos acontecimentos que sucederam sua descoberta, ele encontrou no surf, um lugar de refúgio e bem estar.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Lucas Bovo
Roteiro: Camilla Pereira Mayara Bonifácio
Produção: Calvin Kleber, Gabyy Mendes, Luana Panta, Mafe Da Silva
Empresa Produtora: Instituto Querô
Sobre o diretor: Arthur Silva Lotto Rodrigues, 18 anos, de São Vicente. Participou do primeiro ano das Oficinas Querô em 2019 grande parte como montador.

Marie 2019 | PE | 25 min
Direção: Leo Tabosa
Sinopse: Marie retorna ao sertão, depois de 15 anos, para enterrar o pai. Lá reencontra seu melhor amigo de infância, Estevão e com ele o seu passado. Com a ajuda de Estevão, Marie parte numa viagem para enterrar o pai na cidade do Crato.
Classificação Indicativa: 14 anos
Fotografia: Petrus Cariry
Roteiro: Leo Tabosa
Direção de arte: Isabela Stampanoni
Produção: Jorge Sardo Jr. e Arthur Leite
Empresa Produtora: Pontilhado Cinematográfico
Elenco: Wallie Ruy, Rômulo Braga e Divina Valéria
Sobre o diretor: Formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, Leo é idealizador do Cine Jardim – Festival Latino-Americano de Cinema de Belo Jardim, Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade e curador do Cine Congo – Festival do Audiovisual da Paraíba.

Mãtãnãg, A Encantada 2020 | MG | 14 min
Direção: Shawara Maxakali e Charles Bicalho
Sinopse: A índia Mãtãnãg segue o espírito de seu marido, morto picado por uma cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo espiritual.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Jackson Abacatu
Roteiro: Pajé Totó Maxakali e Charles Bicalho
Direção de arte: Charles Bicalho, Comunidade Maxakali de Aldeia Verde, Jackson Abacatu
Produção: Charles Bicalho, Cláudia Alves, Marcos Henrique Coelho
Empresa Produtora: Pajé Filmes
Elenco: Alexandre Maxakali, Ariston Maxakali, Cassiano Maxakali.
Sobre os diretores: Shawara Maxakali é indígena da Aldeia Verde Maxakali em Ladainha (MG), desenhista e diretora estreante. Charles Bicalho possui doutorado em Estudos Literários (UFMG) e tem especialização em Pós-Produção para Cinema, TV e Novas Mídias (UNA/BH).

Memórias 2018 | PR | 20 min
Direção: André Siqueira
Sinopse: Depois de sofrer um grande trauma, Juliana se vê na possibilidade de fazer uma cirurgia que resultaria na perda total da sua memória. O dilema entre esquecer tudo e começar de novo ou a eterna lembrança do pior dia da sua vida.
Classificação Indicativa: 14 anos
Fotografia: Felipe Meneghel
Roteiro: André Siqueira e Airen Wormhoudt
Direção de arte: Alex Rocca
Produção: André Siqueira, Bruna Benassi, Caroline Roehrig
Empresa Produtora: Trunkshot
Elenco: Caroline Roehrig, Bruna Benassi e Fernanda Souto
Sobre o diretor: Nascido em São Paulo, estudou psicologia, marketing e cinema nos Estados Unidos. Trabalha com publicidade, TV e Cinema. Passou por produtoras como ArteLux Filmes e Academia de Filmes. dirigiu projetos para Globo-PR, como a minissérie Guerra do Contestado e a série Os Sete Pecados.

Nadir 2019 | SE | 15 min
Direção: Fábio Rogério
Sinopse: Um olhar afetivo sobre o cotidiano de Nadir, mestra de cultura popular de uma comunidade quilombola do interior de Sergipe. A música de Nadir e seus silêncios.
Classificação Indicativa: 10 anos
Fotografia: Fernando Correia, Moema Pascoini e Victor Balde
Roteiro: Fábio Rogério
Produção: Fábio Rogério
Empresa Produtora: Novos Olhares Filmes
Sobre o diretor: Fábio Rogério é e realizador audiovisual sergipano e sua obra pretende ser o lugar de convergência das cinematografias atravessadas pela poética, o sensível e a política.

Nimbus 2020 | PE | 11 min
Direção: Marcos Buccini
Sinopse: Em uma terra árida e quase morta, um homem acende uma vela e reza. Uma tempestade começa a surgir. Nimbus é uma fábula sobre fé, religião e o poder da natureza.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Ricardo Bicudo
Roteiro: Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão, Marcos Buccini
Direção de arte: Antônio Oliveira, Antônio Domingos, Daniele Santana, Débora Ferro.
Produção: Marcos Buccini, Ricardo Bicudo, Fábio Caparica
Sobre o diretor: Marcos Buccini é Doutor em Comunicação pela UFPE. Desde 2008 trabalha como professor efetivo da da mesma instituição. Coordenou por 10 anos o Maquinário – Laboratório de Animação em Caruaru. Hoje pertence ao Curso de Cinema em Recife. Em 2005, fundou e coordenou o Núcleo de animação Digital da AESO/Barros Melo.

Num Piscar de Olhos 2020 | RJ | 23 min
Direção: Elder Gomes Barbosa
Sinopse: Uma casa no centro de Buenos Aires é o espaço de convivência entre um jovem brasileiro e um fantasma argentino.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Diego Piedras e Elder Gomes Barbosa
Roteiro: Elder Gomes Barbosa
Direção de arte: Valentina Ortega
Produção: Elder Gomes Barbosa
Sobre o diretor: Elder Gomes Barbosa é formado em Comunicação Social (UFV), em Direção Cinematográfica (Escola Livre de Cinema Darcy Ribeiro/RJ) e mestre em Cinema Documentário (Universidad del Cine/Buenos Aires). Iniciou sua carreira em 2009 com oficinas de capacitação audiovisual realizadas no interior de Minas Gerais para assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O Afeto e a Rua 2019 | RS | 15 min
Direção: Thiago Köche
Sinopse: Diante de uma realidade de exclusão, fome, frio e preconceito, o documentário O Afeto e a Rua aborda a relação de amor e carinho entre pessoas em situação de rua e seus cães.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Thiago Köche
Roteiro: Thiago Köche e Samantha Klein
Produção: Karen Lose
Co-direção: Samantha Klein
Sobre o diretor: Thiago Köche realiza filmes de cunho social, utilizando do cinema como ferramenta de transformação. Além do longa-metragem O Galo Missioneiro, sua principal obra é o curta-metragem Manifesto Porongos, que foi selecionado para 26 festivais nacionais e internacionais e vencedor de 9 prêmios (6 no Brasil e 3 na Espanha).

O Homem das Gavetas 2019 | PE/SP | 9 min
Direção: Duda Rodrigues
Sinopse: Um homem feito de gavetas vive tranquilamente no campo. Certo dia, uma das suas gavetas abre e ele começa uma busca para tentar preencher o vazio da sua existência.
Classificação Indicativa: 16 anos
Fotografia: Rafael de Almeida
Roteiro: Duda Rodrigues
Direção de arte: Ariana Nuala e Duda Rodrigues
Produção: Márcia Vanderlei
Sobre a diretora: Duda Rodrigues é diretora, animadora stop motion e produtora audiovisual. Trabalhou em diversos projetos como longas, curtas e series para televisão, também trabalhou em algumas empresas como Vetor Zero, Coala Filmes e Mono Animation.

O Menino que Morava no Som 2019 | PE | 20 min
Direção: Felipe Soares
Sinopse: Passando por dificuldades de comunicação, um menino surdo busca conhecer o som, e ao encontrar um objeto misterioso descobre o inesperado.
Classificação Indicativa: 12 anos
Fotografia: Felipe Soares
Roteiro: Felipe Soares
Direção de arte: Priscilla Botelho e Felipe Soares
Produção: Priscilla Botelho e Felipe Soares
Empresa Produtora: Filmaço Produções
Elenco: Maycon Douglas, Agrinez Melo, Andy Giordano, Bruna Oliveira
Sobre o diretor: Felipe Soares é fotógrafo, montador e diretor cinematográfico. Vive e trabalha no Recife. Em 2008, se tornou professor e especialista em educação escolar. Em 2016, dirigiu o seu primeiro curta-metragem Autofagia, no qual conquistou 11 prêmios, dentre eles, Melhor Filme no XII Cine PE e no Circuito Penedo de Cinema 2017.

O Quarto Negro 2019 | PE | 22 min
Direção: Carlos Kamara
Sinopse: Amélia é uma senhora que mora sozinha, imersa num universo particular de recordações e mistérios. Seus hábitos mais intrigantes e seu grande segredo estarão em xeque, quando passar a conviver com Sônia, uma cuidadora contratada pela sua filha Lúcia.
Classificação Indicativa: 12 anos
Fotografia: Ivanildo Machado
Roteiro: Carlos Kamara
Direção de arte: Thiago Amaral
Produção: Danielle Valentim (Executiva), Edson Rodrigues e David D’Lucard (Direção de Produção)
Empresa Produtora: Ambar Produtora
Elenco: Zezita Matos, Cláudia Alves, Nínive Caldas.
Sobre o diretor: Carlos Kamara, nascido em Orobó, é formado em Letras e começou sua carreira cinematográfica a partir de 2011. Além de roteirista e cineasta, é produtor, curador e coordenador de duas mostras de cinema: Orocine – Mostra Orobó de Cinema e Periférica – Mostra de Cinema de Camaragibe.

O Silêncio Lá de Baixo 2019 | PE | 2 min
Direção: Pamella Araújo
Sinopse: Demi nada pela tela, deixando rastros de azul e nanquim de formas inesperadas.
Classificação Indicativa: Livre
Roteiro: Pamella Araújo
Direção de arte: Pamella Araújo
Produção: Pamella Araújo
Empresa Produtora: Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Sobre a diretora: Pamella Araújo é formada em Artes Visuais, desde 2013 tem trabalhado com animação e ilustração. Trabalhou em diversas séries animadas para televisão como Chapeuzinho de Todas as Cores, AnimaCriança Lendas Brasileiras, PopCorn e Terra Prometida. O silêncio lá de baixo é seu primeiro curta animado autoral e foi desenvolvido durante seu mestrado em Artes.

O Vizinho de Baixo 2019 | SP | 7 min
Direção: Flávio Colombini
Sinopse: Uma mulher anda de salto no apartamento. O vizinho de baixo manda um bilhete reclamando do barulho. Então começa uma troca de bilhetinhos entre os dois que vai ter um desdobramento surpreendente.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Flávio Colombini
Roteiro: Flávio Colombini
Direção de arte: Aline Marques
Produção: Aline Marques
Empresa Produtora: Colírio Vídeos
Elenco: Aline Marques, Tiago Mendes
Sobre o diretor: Flávio Colombini é formado em Cinema (FAAP) e já dirigiu 3 videoclipes, 6 curtas-metragens e dois longas-metragens independentes, o documentário Lute como uma menina! e o musical infantil Poesia & Melodia (2017).

Parabéns a Você 2019 | PR | 19 min
Direção: Andréia Kaláboa
Sinopse: Yiúlia precisa encarar o medo da morte, que na sua cabeça veste roxo, e luta para alcançar o seu objetivo que é ganhar sua primeira festa de aniversário.
Classificação Indicativa: 10 anos
Fotografia: João Castelo Branco
Roteiro: Andréia Kaláboa e Ana Johann
Direção de arte: Isabelle Bittencourt
Produção: Andréia Kaláboa e Guto Pasko
Empresa Produtora: GP7 Cinema
Elenco: Mônica Christo, Juliana Tosin, Rodrigo Ferrarini e Zeca Cenovicz
Sobre a diretora: Sócia da produtora paranaense GP7 CINEMA, trabalha no mercado audiovisual desde 2001, tendo produzido mais de 41 obras até o momento. Tem como destaque a série de ficção Contracapa, com 13 episódios de 52 minutos.

Piu Piu 2019 | PE | 16 min
Direção: Alexandre Figueirôa
Sinopse: Quando a cortina se abria, sob um universo colorido de plumas e paetês, ela surgia no palco, serpenteando movimentos lascivos, ao som de uma rumba ou de um merengue. Piu Piu, como era conhecido o ator, cenógrafo e figurinista Elpídio Lima é considerado o mais antigo transformista do Recife.
Classificação Indicativa: 16 anos
Fotografia: Sérgio Dantas e Jonatan Oliveira
Roteiro: Alexandre Figueirôa e Chico Lacerda
Direção de arte: Júlio César e Alexandre Figueirôa
Produção: Túlio Vasconcelos
Empresa Produtora: Surto & Deslumbramento e Revista O Grito!
Elenco: Júlio César
Sobre o diretor: Formado em Jornalismo (UNICAP), mestre em Artes (USP), doutor em Études Cinématographiques et Audiovisuels (Université de Paris III/Sorbonne-Nouvelle), e pós-doutor no Department of Film, Theatre & Television (University of Reading/Inglaterra).

Ruído Branco 2019 | SP | 15 min
Direção: Gabriel Fonseca
Sinopse: Através de uma linguagem poética, Ruído Branco busca refletir sobre os processos de embranquecimento que o Brasil sofreu durantes 130 anos, após a abolição da escravatura. Como isso atinge nossas descendências e dificulta a busca da identidade das pessoas negras em um país historicamente racista.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Stephanie Oliveira
Roteiro: Gabriel Fonseca e Stephanie Oliveira
Direção de arte: Gabriel Fonseca e Stephanie Oliveira
Produção: Stephanie Oliveira
Elenco: Flávia Santos Sant’Anna, Sabrina Guimarães, Hilda Moura de Oliveira
Sobre o diretor: Gabriel Fonseca é natural da Bahia e mora em São Paulo desde 2016. É formado em Cinema e Audiovisual (Anhembi Morumbi) e possui experiências profissionais na área de produção audiovisual.

Ser Feliz no Verão 2020 | RJ | 12 min
Direção: Lucas H. Rossi dos Santos
Sinopse: Um ensaio preto sobre trens, praias e ocupação de espaço.
Classificação Indicativa: Livre
Roteiro: Fermino Neto, Antonio Molina
Produção: Fabiane Zanol, Maria Aparecida Rossi, Edna Gramasco
Empresa Produtora: Coletivo Preto, Quarentena Voadora e Baraúna
Sobre o diretor: Lucas H. Rossi dos Santos é um realizador negro radicado no Rio de Janeiro. Produziu longas-metragens como Como você me vê?, Kabadio, Canastra Suja e A Morte Habita à Noite, além de curtas-metragens premiados como Ao final da conversa, eles se despedem com um abraço, Repulsa e Auto Falo.

Seremos Ouvidas 2020 | PR | 13 min
Direção: Larissa Nepomuceno
Sinopse: Como existir em uma estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com realidades diferentes, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento feminista surdo.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Lucía Alonso, Eduardo Sanches, Rodrigo Franco
Roteiro: Larissa Nepomuceno
Direção de arte: Lucas Veiga
Produção: Larissa Nepomuceno, Lucía Alonso, Lucas Veiga
Empresa Produtora: Beija Flor Filmes
Elenco: Celma Gomes, Gabriela Grigolom, Klicia Campos
Sobre a diretora: Larissa Nepomuceno é roteirista e diretora cinematográfica, formada em Cinema (Centro Europeu), e também em Artes Visuais. Atualmente é mestranda em Educação (UFPR). Seu primeiro curta-metragem (Megg – A Margem que Migra para o Centro) recebeu sete prêmios e duas menções honrosas em mais de sessenta participações em festivais ao redor do mundo.

Soccer Boys 2018 | RJ | 14 min
Direção: Carlos Guilherme Vogel
Sinopse: Enquanto se preparam para disputar a Taça da Diversidade, os jogadores do Beescats Soccer Boys discutem questões importantes com relação à homossexualidade no futebol e a homofobia na sociedade contemporânea.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Fabio Erdos
Roteiro: Carlos Guilherme Vogel
Produção: Lilian Diehl
Empresa Produtora: Lilian Diehl Produções e Canal Futura
Sobre o diretor: Roterista, diretor e produtor, membro dos coletivos Peleja Filmes e Roteiristas de Aluguel. Natural de Cruz Alta (RS), atualmente vive no Rio de Janeiro (RJ). Mestre em Comunicação (UERJ) e graduado em Publicidade e Propaganda (UFSM), especialista em Comunicação Audiovisual (PUC/PR) e formado em Roteiro pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ.

Vinde Como Estais 2019 | RJ | 15 min
Direção: Galba Gogóia e Rafael Ribeiro
Sinopse: Em novembro de 2018, Kit Redstone desembarca no Rio de Janeiro. Escritor, diretor e performer teatral radicado em Londres, Kit é um homem transgênero e vem ao Brasil com o objetivo de produzir uma peça teatral com atores transexuais.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Otávio Schocair
Roteiro: Rafael Ribeiro
Produção: Beto Waite, Diego Tavares, Rafael Ribeiro, Thiago Tavares e Veridiana Cardoso
Empresa Produtora: Cinetrupe Produções
Elenco: Kit Redstone, Kaique Theodoro, Kethelleen Cajueiro, Ralph Duccini, Rebeca Blando e Vanessa Alves.
Sobre os diretores: Galba Gogóia é cineasta pernambucana, atriz, travesti e militante do movimento LGBTQI+. Jéssika, seu primeiro filme como diretora, esteve em festivais como Mostra de Tiradentes e Festival do Rio. Rafael Ribeiro é diretor, roteirista, produtor e montador carioca. É bacharel em Cinema a Vídeo (UFF) e mestrando em Comunicação (UFF).

Volta Seca 2019 | PE/SP | 21 min
Direção: Roberto Veiga
Sinopse: Após 30 anos de sua partida, Marieta decide retornar à Volta Seca, povoado onde nasceu. Percorrendo paisagens familiares, ela mergulhará num resgate de memórias em busca do verdadeiro sentimento desta jornada.
Classificação Indicativa: Livre
Fotografia: Danilo Rosa
Roteiro: Roberto Veiga
Direção de arte: Carolina Camargo
Produção: Vitor Cunha e Denis Feijão
Empresa Produtora: Elixir Entretenimento
Elenco: Tânia Granussi, Vinícius de Oliveira, Hayla Cavalcanti
Sobre o diretor: Formado em Biologia e Gestão Ambiental, Roberto Veiga migrou para o audiovisual em Recife. Em 2019, finalizou seu primeiro curta-metragem, Volta Seca, que teve sua premiere mundial na mostra competitiva oficial do Encounters Film Festival 2019 (Bristol, Inglaterra).

1996 2019 | MG | 15 min
Direção: Rodrigo Brandão
Sinopse: Duas amigas partem para uma viagem no início do semestre na faculdade. O que a princípio é uma diversão vai se tornando um pesadelo gravado minuto a minuto.
Classificação Indicativa: 12 anos
Fotografia: Rodrigo Brandão
Roteiro: Rodrigo Brandão
Direção de arte: Aline Freitas
Produção: Aline Freitas
Elenco: Léa Nogueira, Yuly Amaral, Nati Borba, Miguel Oliveira, Weiller Vilela
Sobre o diretor: Rodrigo Brandão nasceu em Santos Dumont, pequena cidade no interior do estado de Minas Gerais, no Brasil. Durante a adolescência fazia filmes caseiros, inspirados em videogames e filmes da TV.

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Em constante construção e desconstrução Antropóloga, Fotógrafa e Mestre em Filosofia - Estética/Cinema. Doutoranda no Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com coorientação pela Universidad Nacional de San Martin(Buenos Aires). Doutoranda em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Além disso, é Pesquisadora de Cinema e Artes latino-americanas.

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