Gratuita, a Mostra Embaúba Play acontece até o dia 12.06. Acompanhe nossa cobertura!
Artigo | Mostra Embaúba Play
Renovando o Ar do Cinema Brasileiro
A Embaúba Filmes, uma das distribuidoras mais importantes do Cinema Brasileiro nos últimos anos, não se cansa de contribuir para a democratização de acesso e em inovar nas formas de levar a produção audiovisual do país para um público cada vez maior. Especialmente no último ano, o primeiro da existência da Apostila de Cinema, no contexto da pandemia do novo coronavírus, a empresa atingiu a qualidade de fundamental. Suas iniciativas tiveram o poder de quebrar as barreiras injustificáveis, porém existentes, de uma massa de espectadores que não prestigia nossa cultura. As mais diversas motivações costumam ser objeto de discussões há muito tempo. Resistências que se erguem do preconceito a uma visão turva da realidade, transformando a ignorância e o boicote em uma ferramenta política.
Nesse sentido, a Embaúba transita bem por espaços. Há exatamente um ano ela, em parceira com o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) apoiava a produção da Mostra Lona. Ainda nos primeiros dias de nossa existência, pudemos falar sobre o direito fundamental de habitação, tão desrespeitado no Brasil, vilipendiado para fazer valer interesses da elite econômica. Da ancestralidade que perpassa pela demarcação de terras indígenas e pelo resgate de territórios quilombolas, até as crises provocadas pelas dinâmicas sociais atuais, que levam às ocupações nos grandes centros urbanos e à luta pela reforma agrária em terras produtivas, em detrimento do capital especulativo dos grandes proprietários.
Com o agravamento da pandemia e a certeza de que não sairíamos tão cedo desta, a distribuidora começou a promover sessões gratuitas de parte de seu catálogo – abrindo em sua página oficial uma locadora, usando uma ferramenta da plataforma Vimeo. Com isso, novos clássicos da Embaúba foram alguns dos primeiros filmes fora do circuito de festivais e estreias da semana que viraram assunto aqui no site. “A Vizinhança do Tigre“, “Arábia“, “Inferninho“, “Azougue Nazaré“, dentre outros. Custando até cinco reais ou em janelas sem custo, permitiu que aqueles interessados em conhecer parte da produção contemporânea tivesse contato com alguns dos melhores exemplares dos últimos anos.
Só que, além da criatividade e da organização, a empresa também conta com uma equipe que analisa e desenvolve projetos sem parar. Sendo assim, a Embaúba hoje é um celeiro, se tornou uma referência. Em nossa entrevista com Luana Melgaço, produtora de “Kevin” (2021), tocamos especificamente neste assunto. Ela confirmou o que suspeitávamos: há um mistura de orgulho e responsabilidade quando o símbolo da distribuidora faz parte do pôster do seu filme. Quando falamos de descobertas dentro do Cinema Brasileiro, não podemos deixar de fora a Mostra de Cinema de Tiradentes. E a distribuidora encontra ali o palco perfeito para apresentar, ou melhor, desfilar, parte de seu portfólio múltiplo, plural. Em todos os sentidos.
A Embaúba traz para o público do seu próprio país vozes, discursos, linguagens e estéticas que ultrapassam o tradicional. Ela nos desafia e de tanto nos desafiar ganhou nossa confiança. Ela é uma chancela, carrega consigo uma credibilidade. Não apenas pelo novo, mas a todos aqueles que podem contribuir. Se tornou um pouco a casa de Helena Ignez e de Paula Gaitán, por exemplo. Não tardaria a ampliar sua participação aderindo ao que parece ser o futuro de todos os players que fogem do espectro de gigante esmagador da cultura, aqueles que ocupam 95% das salas de cinema de shopping e transformou arte em manual.
Sendo assim, nasce amanhã a Embaúba Play, plataforma que contará – a princípio – com mais de trezentas obras do cinema nacional contemporâneo. Como não poderia deixar de ser, consciente de seu peso e conhecida pela forma generosa com a qual promove seus lançamentos. “Sementes: Mulheres Pretas no Poder” (2020), por exemplo, tinha a urgência do período eleitoral das eleições de 2020, como bem disse Júlia Mariano em entrevista à Apostila de Cinema. Foi exibido, então, por um mês pelo YouTube, o maior palco dentre as plataformas de exibição online. Atingiu um público que nem mesmo as inesquecíveis sessões da Mostra Praça em Tiradentes conseguiria (e lá o documentário esteve, em janeiro deste ano – também em edição online).
Artigo | Mostra Embaúba Play
A Embaúba Play é uma iniciativa que já nasce grande e relevante para a historiografia da produção cultural, 81 filmes serão disponibilizados de forma gratuita entre os dias 14 de maio e 12 de junho. Um registro da força do nosso cinema, que segue vivo apesar dos desmontes e das tentativas de asfixiá-lo. Por sinal, a plataforma é mais um passo importante neste jogo, em que o Estado garantidor do direito à Cultura se tornou o antagonista, se esforçando para paralisar o setor e destruir suas memórias. Portanto, embaixo daquela preguiça que nos últimos dias avisava que o lançamento da plataforma ocorreria às 12h de 14 de maio, há um pouco de luz nesse túnel no qual estamos. Esquecem que a embaúba é conhecida por se desenvolver em qualquer solo. Usada para recuperar áreas desmatadas, seu nome também carrega a esperança de resistência e sobrevivência no terreno árido que o Brasil se transformou.
A Mostra Embaúba Play é dividida em seis recortes curatoriais, além do curta-metragem de abertura. Atualizaremos esse artigo com as datas em que eles ficaram disponíveis. A organização garante uma janela mínima de três dias, porém, até a data da publicação deste texto, não informou o calendário de todas as obras. Não precisamos dizer que a Apostila de Cinema tentará acompanhar o máximo possível e produzir conteúdo crítico sobre elas.
A primeira delas traz dez longas-metragens inéditos, exibidos apenas no circuito de festivais. Quatro já tem crítica publicada, sendo duas com entrevistas especiais (a já citada produtora de “Kevin“, Luana Melgaço; e Pedro Diógenes, diretor de “Pajeú“). A “10+15: Pulsões de um Cinema Brasileiro” é uma retrospectiva com parte dos grandxs realizadorxs atuais do nosso cinema. São 10 longas e 15 curtas, sendo que cinco possuem críticas publicadas. Você poderá, caso não conheça ou não teve acesso, de assistir obras fundamentais de Adirley Queirós, Caetano Gotardo e André Novais Oliveira, por exemplo. Também poderá ter contato com alguns dos primeiros projetos de Juliana Rojas e Gustavo Vinagre, além de poder conhecer melhor o trabalho de Aiano Bemfica, Pedro Maia de Brito e Marcus Curvelo, que possuem filmes de destaque no recorte de produções inéditas.
Os outros quatro recortes surgem a partir do convite de quatro experientes e talentosos curadores, cada um com uma seleção que cria um diálogo entre as obras. Deixaremos abaixo a lista completa e, ao longo das próximas semanas, tanto aqui quanto em nossas redes sociais, falaremos mais dessas conversas que as criações e representações do atual Cinema Brasileiro permite. Até o momento, treze críticas desses recortes foram publicadas, totalizando 22 (mais de um quarto da mostra) com análise da Apostila. Destacamos vencedores de Tiradentes em 2020 como “Canto dos Ossos” e “Yãmiyhex, as Mulheres-Espírito“, além de um dos destaques da Olhos Livres de 2021, “Rodson ou (Onde o Sol Não Tem Dó)“, complementada com outra entrevista realizada com um dos diretores, Cleyton Xavier.
Artigo | Mostra Embaúba Play
Confira a programação abaixo. Na cor verde, os links de acessos às críticas publicadas. Deixamos também algumas entrevistas com realizadorxs:
Abertura
Sem Título #1: Dance of Leitfossil (Carlos Adriano, 2014, 6′) | De 14.05 às 12h até 17.05
Pré-Estreias e Lançamentos
É Rocha e Rio, Negro Leo (Paula Gaitán, 2020, 157′) | Entre 14.05 e 16.05
Aqui Jaz o teu Esquema (Gabraz Sanna, 2021, 80′) | Entre 20.05 e 22.05
Brizolão (Jéferson, 2021, 85′) | Entre 04.06 a 06.06
Entre Nós Talvez Estejam Multidões (Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito, 2020, 92′)
Espero que Esta te Encontre e que Estejas Bem (Natara Ney, 2020, 84′)
Eu, Empresa (Leon Sampaio e Marcos Curvelo, 2021, 82′)
Fé e Fúria (Marcos Pimentel, 2019, 103′)
Kevin (Joana Oliveira, 2021, 81′)
Pajeú (Pedro Diógenes, 2020, 73′)
Rua Guaicurus (João Borges, 2019, 75′)
Assista à entrevista com Luana Melgaço, produtora de “Kevin”:
Assista à entrevista com Pedro Diógenes, diretor de “Pajeú”:
10+15: Pulsões de um Cinema Brasileiro
A Cidade é uma Só (Adirley Queirós, 2011, 79′)
A Vizinhança do Tigre (Affonso Uchôa, 2014, 94′)
Ela Volta na Quinta (André Novais Oliveira, 2014, 107′)
Fakir (Helena Ignez, 2019, 81′)
Girimunho (Clarissa Campolina e Helvécio Marins Jr., 2012, 88′)
Martírio (Vincent Carelli, 2017, 162′)
O Clube dos Canibais (Guto Parente, 2018, 81′)
O Que se Move (Caetano Gotardo, 2013, 97′)
Os Dias com Ele (Maria Clara Escobar, 2013, 107′)
Retratos de Identificação (Anita Leandro, 2014, 73′)
As Aventuras de Paulo Bruscky (Gabriel Mascaro, 2010, 20′)
A Maldição Tropical (Luisa Marques e Darks Miranda, 2016, 14′)
Casa Forte (Rodrigo Almeida, 2013, 11′)
Confidente (Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes, 2016, 12′)
El Meraya (Melissa Dullius e Gustavo Jahn, 2018, 19′)
Mains Propres (Louis Botkay, 2015, 8′)
Mamata (Marcus Curvelo, 2017, 29′)
Nada É (Yuri Firmeza, 2014, 32′)
Na Missão, com Kadu (Aiano Bemfica, Pedro Maia de Brito e Kadu Dantas, 2016, 28′)
Nova Dubai (Gustavo Vinagre, 2014, 51′)
O Duplo (Juliana Rojas, 2012, 27′)
O Porto (Clarissa Campolina, Luiz Pretti, Ricardo Pretti e Julina de Simone, 2013, 20′)
Retrato n.1 Povo Acordado e suas Mil Bandeiras (Edy Yatri Ioschpe, 2013, 5′)
Travessia (Safira Moreira, 2018, 5′)
Vango Vulgo Vedita (Leonardo Mouramateus, 2017, 22′)
Artigo | Mostra Embaúba Play
Curadoria | Victor Guimarães | Orgia ou o Cinema que Deu Cria
Aluguel: O Filme (Lincoln Péricles, 2015, 16′)
Antes da Encanteria (Paula Soares, Elena Meirelles, Gabriela Pessoa, Jorge Polo e Lívia de Paiva, 2016, 21′)
Batguano (Tavinho Teixeira, 2014, 74′)
Bom Dia Carlos (Gurcius Gewdner, 2015, 17′)
Canto dos Ossos (Petrus de Bairros e Jorge Polo, 2020, 89′)
Os Anos 3000 eram feitos de livou ou (quando a dignidade da raça humana se afogou no chorume estático da arte da hipocrisia) (Cleyton Xavier, Clara Chroma e Ana Ali, 2016, 14′)
Ossos (Helena Ignez, 2014, 19′)
Remixcracho (Léo Pyrata, 2016, 7′)
Rodson ou (Onde o Sol não Tem Có) (Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra, 2020, 74′)
Waleska Nolotov (Amanda Seraphico, 2017, 19′)
Assista à entrevista com Cleyton Xavier, diretor de “Rodson”:
Artigo | Mostra Embaúba Play
Curadoria | Tatiana Carvalho Costa | Testemunhar, Fabular, Existir: Modulações de um QuilomboCinema Brasileiro Contemporâneo
A Felicidade Delas (Carol Rodrigues, 2019, 14′)
Brooklin (Coletivo CineLeblon, 2020, 22′)
Estado de Neblina (Bruno Ramos, 2019, 18′)
Looping (Maick Hannder, 2019, 12′)
Obatala (Sebastian Wiedemann, 2019, 7′)
(Outros) Fundamentos (Aline Motta, 2017-2019, 16′)
Pattaki (Everlane Moraes, 2019, 21′)
Perifericu (Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira, 2020, 20′)
Relatos Tecnopobres (João Batista Silva, 2019, 13′)
Tudo o que é Apertado Rasga (Fábio Rodrigues Filho, 2019, 28′)
Um Ensaio sobre a Ausência (David Aynan, 2018, 14′)
Artigo | Mostra Embaúba Play
Curadoria | Ewerton Belico | Também Somos Rascunhos
Cidade Desterro (Gláucia Soares, 2009, 15′)
Elegia de um Crime (Cristiano Burlan, 2019, 93′)
Éramos 7 Hoje 6 (Valença Pereira, 2018, 2′)
La Llamada (Gustavo Vinagre, 2014, 19′)
Mundo Incrível Remix (Gabriel Martins, 2014, 24′)
O Clube (Allan Ribeiro, 2014, 17′)
Pontes sobre Abismos (Aline Motta, 2017, 8′)
Santos Dumont: Pré-Cineasta? (Carlos Adriano, 2010, 64′)
Uma Noite Sem Lua (Castiel Vitorino Brasileiro, 2020, 27′)
Vida, sobre Maria Gladys (Paula Gaitán, 2018, 70′)
Artigo | Mostra Embaúba Play
Curadoria | Júnia Torres | A Fluidez da Forma no Cinema Indígena
ATL: Acampamento Terra Livre (Edgar Kanaykõ Xakriabá, 2017, 7′)
Ava Yvy Vera – Terra do Povo do Raio (Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, John Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes e Edna Ximenes, 2016, 52′)
Bimi, Shu Ikaya (Isaka Huni Kuin, Siã Huni Kuin e Zezinho Yube, 2018, 52′)
Nhema’en Tenondere – Além do Olhar (Alberto Alvares, 2016, 10′)
O Verbo se Fez Carne (Ziel Karapató, 2019, 7′)
Teko Xaxy – Ser Imperfeita (Patrícia Ferreira, Pará Yxapy e Sophia Pinheir, 2018, 39′)
Tekowe Nhepyrun – A Origem da Alma (Alberto Tavares, 2016, 48′)
Topawa (Kamikia Kisedje e Simone Giovine, 2019, 7′)
Uriji Haromatipë – Curadores da terra-floresta (Morzaniel Iramari Yanomami, 2014, 60′)
Wai’a Rini – O Poder do Sonho (Divino Tserewahú, 2001, 120′)
Yãmiyhex, As Mulheres-Espírito (Sueli Maxakali e Isael Maxakali, 2019, 77′)
Yvy Pyte – Coração da Terra (Guaiviry) (Genito Gomes e Johnn Nara Gomes, 2019, 7′)
ZAWXIPERKWERKA’A – Guardiões da Floresta (Jocy Guajajara e Milson Guajajara, 2019, 50′)
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Artigo | Mostra Embaúba Play
Amantes de partidinhos decadentes, como a religião cujo nome é PeTismo.
Esse tais ditos artistas.
O PT faz é dividir. E nivelar tudo por baixo.
TODO petista, sem exceção, rumina DIRETO, uma vez que são GADO da medíocre dilma e do aPedeuTa e ignorante lula, — o picareta.
Em vez de se colocar o dinheiro para hospitais, durante a “Copa das Copas” do PT, construiu se prédios inúteis.
Digno de espanto, se bem que vulgaríssimo, e tão doloroso quanto
impressionante, é ver milhões de homens a servir, miseravelmente
curvados ao peso do jugo, esmagados não por uma força muito grande, hercúlea,
mas aparentemente dominados e encantados apenas pelo nome de um só
homem — o Mula — cujo poder não deveria assustá-los, visto que é um só (lula –, o super hiper picareta apedeuta).
O Partido dos trabalhadores é barango.
Todo Petista e seus puxadinhos (Renan, amante do Petismo©, o amazonense chefão lá, analfabeto, o Voz-Fina puxa saco da religião cujo nome é Petismo©, PCdoB© etc.) ruminam direto, e sem exceção, uma vez que são GADOS do aPedeuTa lula© — o picareta — e da medíocre dilma®. Eles em vez construírem hospitais durante a “Copa das Copas®” do PT®, construíram foi prédios inúteis. O Petismo© é puro vigarismo.